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Procon teme nova onda de prejuízos e fiscaliza empresas
REGIANE SOARES
MARIANA TAMARI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DA REPORTAGEM LOCAL
A diretora-executiva do Procon de São Paulo, Marli Sampaio, teme que passageiros voltem a ser prejudicados no feriado por conta da crise no controle de vôos e do maior movimento nos aeroportos. Isso porque
as companhias aéreas não cumpriram a promessa feita na semana passada de apresentar
um plano de emergência para
atendimento em caso de atrasos ou cancelamentos de vôo.
O Procon-SP esperava que as
companhias elaborassem um
plano para que o passageiro
fosse informado dos procedimentos da empresa. Reforço
das equipes dos aeroportos, telefones à disposição do consumidor e contato antecipado à
rede hoteleira também deveriam fazer parte da proposta.
A única exceção, segundo o
Procon-SP, é a Varig, que pretende montar um esquema de
informação. A empresa, porém,
é a que tem menos vôos.
Segundo a TAM, a empresa
apresentou um "plano estratégico" ao Procon-SP, no qual relata procedimentos adotados
no início do mês. A assessoria
da Gol não informou o motivo
pelo qual a companhia não
atendeu ao pedido.
Ressarcimento
A diretora disse ontem que as
empresas concordaram em
ressarcir clientes que tiveram
gastos com alimentação, transporte, telefone ou hospedagem.
Para isso, vão receber as reclamações feitas pelos passageiros
por meio do Procon-SP. Até ontem à tarde, foram registradas
150 queixas de atrasos ou cancelamentos de vôos.
O Procon-SP recomenda aos
passageiros que façam um breve relato do fato e o encaminhe,
junto com comprovantes, para
um posto de atendimento ou
pelo correio, pela Caixa Postal
3050 CEP 01061-970.
Marli explica que a assistência das companhias não exime
de responsabilidade órgãos do
governo federal como Anac, Infraero e DCEA (Departamento
de Controle do Espaço Aéreo).
Fiscalização
O Procon fez ontem uma
operação de fiscalização no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, para averiguar se as
companhias aéreas estavam
cumprindo as determinações
do órgão.
Em Cumbica, a Gol recebeu
um auto de constatação, devido
a vôos atrasados por mais de
duas horas e por problemas de
atendimento aos passageiros
no check-in. Segundo o diretor
do Procon-Guarulhos, Leonardo Freire Pereira, a partir desse
documento, o órgão de defesa
do consumidor pode lavrar um
auto de infração, determinando uma multa de ao menos R$
300 mil para a empresa.
"Antes da multa, esperaremos uma resposta da Gol sobre
providências a serem tomadas
para garantir os direitos do
consumidor", afirma.
Segundo Pereira, ontem à
tarde havia uma fila de mais de
cem pessoas no guichê da Gol
-e apenas dois atendentes.
Ele ressaltou ainda a importância de o passageiro que se
sentir lesado fazer uma reclamação ao Procon.
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