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Parentes de rapaz morto farão protesto nas Casas Bahia
DA REPORTAGEM LOCAL
Amigos e parentes de Alberto
Milfont Júnior, 23, farão um
protesto em frente às Casas Bahia na estrada de Itapecerica,
no Campo Limpo, zona sul. O
motoboy foi assassinado na loja
na segunda por um segurança.
A manifestação está prevista
para amanhã, após missa em
memória de Milfont marcada
para as 9h numa igreja próxima. "Não dá para deixar que isso seja esquecido", disse Daniela, 25, uma das irmãs da vítima.
Na segunda, o motoboy, sua
namorada, Darilene Ribeiro,
22, e um amigo foram à loja
comprar um colchão. O casal,
que tem um filho de cinco meses, iria se casar em dezembro.
Quando Darilene pagava, Milfont foi abordado pelo segurança Genilson Silva Souza, 29,
que, após discussão, o matou.
Souza está preso. Ele trabalha para a Gocil Segurança Patrimonial, contratada pelas Casas Bahia. Em nota, a rede diz
que "exigirá dos responsáveis
os devidos esclarecimentos". A
Folha não conseguiu falar com
o advogado do segurança.
Parentes reclamam que, até
agora, ninguém os procurou. O
advogado Francisco da Silva,
tio do rapaz, pretende entrar
com pedido de indenização
contra as Casas Bahia e a Gocil.
Milfont foi criado pela mãe,
Francisca Aldeiza da Silva, com
duas irmãs mais velhas. Com o
pai distante -mora hoje no
Ceará-, ele se tornou "o homem da família", disse Daniela.
O rapaz freqüentava, desde
menino, a Casa do Zezinho, que
trabalha com crianças e jovens
carentes do Campo Limpo. De
freqüentador passou a monitor
voluntário. Givanildo Correa,
32, pizzaiolo da pizzaria da mãe
de Milfont, afirma que o rapaz
era "tranqüilo" e não tinha "inimigos". "É só ver o tanto de
amigo que foi ao enterro."
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