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Polícia Civil nega desvios
da Sucursal do Rio
O assessor de imprensa da chefia
de Polícia Civil do Rio, Luiz Luz,
nega a existência de desvios de órgãos do IML (Instituto Médico Legal) para faculdades de medicina e
para rituais de magia negra.
"Não procede, isso é fantasia.
Todo órgão retirado é usado apenas para laudo pericial", diz.
De acordo com ele, se algum médico souber de desvios, que faça
uma denúncia na Corregedoria da
Polícia Civil "e aponte nomes".
Se houver uma denúncia formal
sobre desvios de órgãos, Luz afirma que, "se for verdade, será
apurada com todo o rigor".
Embora para Luz esses desvios
ilegais sejam "fantasia", o delegado-titular da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Saúde
Pública, Pedro Paulo Pinho, afirma: "A gente sempre ouve falar
sobre isso".
Pinho é responsável pelas investigações de casos de desvios ilegais
de cadáveres de hospitais públicos
para faculdades de medicina.
De acordo com ele, será apurada
qualquer denúncia sobre pagamentos de propinas para desvios
de cadáveres de hospitais públicos
para faculdades de medicina.
As investigações sobre o assunto
começaram na semana passada,
após a família do aposentado Manuel Paulino dos Santos Filhos,
que morreu no Hospital Estadual
Getúlio Vargas, descobrir seu corpo na Faculdade de Medicina de
Teresópolis.
Pinho afirma que, embora tenha
ouvido falar de desvios de órgãos
de dentro do IML, inclusive para
rituais de macumba, nunca esteve
à frente de qualquer cargo com
atribuição para esse tipo de investigação.
Segundo ele, procedimentos ilegais ocorridos dentro do IML devem ser apurados pela Corregedoria da Polícia Civil.
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