São Paulo, sexta, 16 de janeiro de 1998.



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SAÚDE
Estudo dos EUA mostra relação entre andar e viver mais
Taxa de mortalidade é menor entre idosos que caminham

da Reportagem Local

Andar pode reduzir a taxa de mortalidade de homens idosos não fumantes.
A conclusão é de um estudo liderado por Amy Hakim, da Escola de Medicina da Universidade de Virgínia (EUA).
Publicado na edição do último dia 8 no "New England Journal of Medicine", o estudo foi feito por nove pesquisadores de diferentes universidades norte-americanas, que acompanharam 707 homens aposentados, com idades entre 61 e 81 anos, durante 12 anos. Esses homens participavam do Programa do Coração de Honolulu.
Dos 707, 208 morreram no período. Os pesquisadores observaram que a taxa de mortalidade entre os homens que andavam menos de 1,6 km por dia foi quase o dobro da dos que andavam mais de 3,2 km por dia. "Encorajar os idosos a caminhar pode ser um benefício para a saúde", conclui o estudo.
Para o professor-doutor de clínica médica da Faculdade de Medicina da USP Wilson Jacob Filho, o resultado do estudo confirma outros trabalhos que já mostraram os benefícios da prática de exercícios. "O sedentarismo leva a problemas respiratórios e de circulação."
Segundo ele, não existe pesquisa que mostre se o brasileiro caminha ou não. "As pessoas fazem pouca atividade, principalmente os idosos que moram em São Paulo. Tradicionalmente, quem mora perto do mar faz mais exercícios."
Outra professora-doutora de clínica médica da USP, Maria do Patrocínio Warth, confirma a pouca atividade dos idosos. "Tento fazer com que meus pacientes caminhem. É um modo de prevenir doenças." (LM)


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