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PROTESTO
Foi o sexto dia de protesto de ambulantes desde sexta-feira passada; dessa vez, ato foi no Brás (região central), próximo alvo de retirada de barracas
Camelôs jogam ovos e fazem lojas fechar
da Reportagem Local
A cidade de São Paulo teve ontem o sexto dia de protesto de camelôs em uma semana. Dessa vez,
a manifestação foi de cerca de 200
ambulantes do Brás (centro), que
atiraram ovos contra lojas pela
manhã e fizeram o comércio fechar as portas por alguns minutos.
Camelôs do Brás e de São Miguel
Paulista (zona leste de SP) vêm
promovendo manifestações e
obrigando o fechamento de lojas
desde a última sexta-feira.
Em São Miguel, a prefeitura retirou, na sexta-feira, 75 barracas de
ambulantes da rua Serra Dourada.
No Brás, já foi anunciada para os
próximos dias a retirada dos camelôs do largo da Concórdia.
Após jogarem ovos e fazerem as
lojas baixar as portas, os camelôs
do Brás foram até a prefeitura, às
12h, pleiteando uma audiência
com o prefeito Celso Pitta.
Os ambulantes ficaram cerca de
duas horas em frente à prefeitura,
sem serem recebidos por ninguém.
Depois, fizeram outra passeata
por ruas do Brás. O comércio voltou a fechar as portas enquanto a
passeata passava, mas abriu novamente.
A prefeitura não anunciou quando será a retirada dos camelôs do
largo da Concórdia, embora confirme que eles serão removidos.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Economia Informal Afonso José da
Silva, 28, os ambulantes pretendem reagir. "Se vierem mexer
com a gente, o pau vai comer",
afirmou Silva.
De acordo com ele, hoje às 9h haverá uma reunião de líderes de diferentes entidades que representam os camelôs, no auditório da
Câmara Municipal.
Da reunião, os ambulantes deverão retirar propostas para apresentar ao secretário das administrações regionais, Alfredo Mário
Savelli. Savelli deve receber os representantes dos camelôs em nova
reunião, na segunda-feira.
Segundo Silva, caso não haja
acordo com o secretário, os camelôs deverão fazer uma grande manifestação, com ambulantes de toda a cidade. "Nós vamos parar São
Paulo", afirmou.
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