DA REPORTAGEM LOCAL

A ex-prefeita Marta Suplicy (PT) sustenta ter deixado dinheiro em caixa suficiente para que seu sucessor, José Serra (PSDB), honrasse todas as dívidas pendentes de 2004 com fornecedores.
A assessoria de imprensa de Marta afirma que o balanço de Serra se equivoca ao não incluir nas contas verbas previstas para entrar nos cofres municipais logo no início deste ano. Essas receitas, diz a assessoria, apesar de aparecerem só em 2005, têm de ser computadas como verba de 2004.
Segundo os petistas, havia previsão de entrada no caixa, na primeira semana de janeiro, de R$ 63 milhões de um precatório do Estado, R$ 85 milhões em emendas da Câmara dos Deputados e R$ 18 milhões da venda de um terreno. Marta teria deixado ainda R$ 376 milhões para uma dívida de curto prazo de R$ 375 milhões.
O ex-secretário de Finanças Luís Carlos Fernandes Afonso questionou, por meio da assessoria, os dados considerados como dívidas pela equipe de Serra.
Sobre os empenhos liquidados e não pagos, Afonso diz que os tucanos podem estar incluindo despesas reconhecidas em 2004 mas com vencimento em janeiro. Tais despesas têm de ser pagas, afirma ele, com dinheiro de 2005.
Sustenta ainda que todos os empenhos não liquidados até 30 de dezembro foram cancelados sem que serviços ou obras efetivamente realizados tenham sido incluídos no cálculo. Afonso nega também a não-inclusão de despesas no Orçamento.


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