DA REPORTAGEM LOCAL

O prefeito José Serra (PSDB) vai publicar nesta semana decretos com a relação de credores da administração paulistana e uma lista com cerca de 8.000 empenhos (reservas orçamentárias) cancelados pela gestão Marta Suplicy (PT).
Os decretos vão detalhar critérios para a renegociação das dívidas com os fornecedores e estabelecer uma programação orçamentária e financeira para que a prefeitura siga um fluxo de caixa.
A Secretaria de Finanças vai chamar os credores e propor um pagamento parcelado dos débitos, pedindo, inclusive, desconto. Os fornecedores terão de se apresentar até 31 deste mês.
O secretário da pasta, Mauro Ricardo Costa, afirmou no início do mês que "não haverá calote".
A nova investida da área econômica de Serra faz parte das ações "voltadas ao passado", como classificam os técnicos tucanos.
Ela vem se somar ao ajuste fiscal previsto na série de decretos publicados na primeira semana da gestão Serra. Entre as principais medidas, "voltadas ao presente e futuro", como dizem os tucanos, está a interrupção de todas as licitações em curso da administração e a renegociação dos contratos.
Segundo previsões da Secretaria de Finanças, o objetivo de tais renegociações é obter um desconto de cerca de R$ 600 milhões no custeio da máquina municipal.
A equipe de Serra também já fez cortes no Orçamento, num total de R$ 2 bilhões. Para os auxiliares do prefeito, a peça aprovada na Câmara Municipal, de R$ 15,2 bilhões, superestimava receitas e subestimava despesas. Marta diz que só corrigiu o Orçamento de 2004 levando em conta as variações do PIB e da inflação. (CC)

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