DA AGÊNCIA FOLHA

Cinco detentos morreram em uma rebelião na Penitenciária Central do Estado, em Piraquara, município da região metropolitana de Curitiba, que durou cerca de 18 horas.
O motim começou na noite de anteontem, quando presos das alas sete, oito e dez entraram em confronto e renderam três agentes penitenciários, além de outros detentos, e os mantiveram reféns.
De acordo com a regional do Paraná da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) -que participou das negociações com os detentos-, o primeiro agente foi liberado pela manhã e tinha ferimentos leves. Oito presos feridos também deixaram o presídio na ocasião. Um deles está em estado grave.
Os demais reféns foram liberados na rendição dos presos, que aconteceu ontem, às 15h, após negociação com a Polícia Militar. Eles passam bem.
No restante da tarde, foram feitas vistorias para avaliar danos. As mortes, segundo o governo, ocorreram em confrontos com detentos de facções rivais. Os presos usaram facas improvisadas.
De acordo com o governador Roberto Requião (PMDB), será instaurado um inquérito para investigar as mortes na rebelião. Ele comentou o assunto no serviço de microblog Twitter. Em uma delas, disse que a rebelião acabou sem que a polícia agisse com violência.
Segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública, entre as exigências para a libertação dos reféns estavam a transferência de presos para prisões mais próximas de suas casas e revisão de processos. O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Luiz Rodrigo Larson Carstens, disse que iniciará investigação para apurar a entrada de armas improvisadas no presídio. (RENATA BAPTISTA e MARTHA ALVES)


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