São Paulo, domingo, 16 de fevereiro de 1997.

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Carandiru abrigou primeiros grupos do N/A

especial para a Folha

O N/A chegou ao Brasil em 1969, pelas mãos de uma frequentadora do A.A., a professora Sonia Maria Manelli, hoje com 60 anos. Ela nunca foi alcoólatra, mas sentia necessidade, como conta, de ajudar quem tinha o problema.
Sonia soube que o N/A já existia nos EUA, escreveu ao escritório central, pediu informações e deu o pontapé inicial no Brasil.
Os primeiros grupos foram formados na penitenciária feminina do Carandiru, em São Paulo.
A popularidade do A.A. entre psicólogos e psiquiatras, no Brasil e no exterior, é grande. Por conta disso, os grupos que se inspiraram no A.A. encontram boa receptividade como tratamento auxiliar.
``Já encaminhei pacientes ao N/A. Eram pessoas de poucos recursos, que não poderiam bancar uma terapia'', diz o neuropsiquiatra Renato Luiz Marchetti, 40, do Hospital das Clínicas.
``O que funciona é a pessoa ir até o grupo e ver que outras pessoas têm o mesmo tipo de problema e conseguem superá-lo.''
``Acredito que deve haver um acompanhamento psicológico paralelo'', diz a psicóloga clínica Ana Lúcia Gomes Castello, 38. (JNSá)

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