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VIOLÊNCIA
Polícia descarta que casal tenha sido assassinado após assalto; corpos foram encontrados de manhã pelo filho dele
Arquiteto e namorada são mortos em casa
DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"
O arquiteto Marcio Fernando
Valadão, 47, e sua namorada, a
enfermeira Maria Vilma Pinto de
Oliveira, 39, foram encontrados
mortos ontem de manhã na casa
dele, na Saúde (zona sul de SP).
O filho de Valadão, Rafael, 15,
foi a primeira pessoa a chegar na
casa, onde o arquiteto morava havia três anos, no início da manhã.
Os corpos estavam em um dos
quartos da casa, que abrigava
também a empresa de jardinagem
de Valadão. O arquiteto, que estava amarrado, recebeu uma facada, e a enfermeira foi estrangulada com um fio telefônico.
Segundo a Polícia Civil, o principal suspeito é um ex-funcionário de Valadão, que já havia sido
preso por porte ilegal de arma e,
da cadeia, teria exigido que o patrão lhe pagasse um advogado.
Além de Rafael, Valadão também tinha uma filha de 13 anos.
Maria Vilma também tinha uma
filha, de 18 anos. O casal namorava havia cerca de um ano.
Maria Vilma trabalhava no posto de saúde Humberto Fausto Bodra, no bairro de Sapopemba (zona leste de SP), e sempre ia à casa
de Valadão ajudá-lo -recentemente, o arquiteto fora submetido a uma cirurgia.
A polícia acredita que os criminosos tenham entrado na casa
com a concordância das vítimas,
já que não havia sinais de arrombamento ou de luta. Os assassinos
levaram uma perua e uma moto,
além de eletrodomésticos.
Além disso, o cão do arquiteto,
um cocker, não latiu anteontem à
noite, conforme vizinhos.
Como a mesa para o jantar estava posta, sem que tivesse sido tocada, há a suspeita de que os criminosos tenham entrado na casa
no início da noite de anteontem.
Para os peritos e investigadores
do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), que
vasculharam a casa em busca de
pistas, apesar de objetos terem sido levados, as mortes não foram
cometidas como conseqüência de
um assalto. O crime de latrocínio
(roubo seguido de morte), inclusive, já está praticamente descartado na linha de investigação da
Polícia Civil de São Paulo.
"Não há sinais de arrombamento e, provavelmente, uma das vítimas abriu o portão da casa para
que as pessoas pudessem entrar.
Isso indica que quem abriu o portão conhecia os autores dos crimes", disse o delegado do DHPP
Laerte Marzagão.
De acordo com a vizinha de Valadão Queila Souza Novaes, 40, o
arquiteto era tranqüilo e nunca teve problemas com os vizinhos.
Familiares do casal estiveram no
local durante a manhã de ontem e
disseram que nenhum dos dois
possuía inimigos.
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