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Garoto fugiu de casa aos 5 anos e morou na rua
DA SUCURSAL DO RIO
O menino que matou a
avó não conheceu o pai e
apanhava da mãe e do padrasto, que tinham muitos
problemas com bebida, de
acordo com o que ele relatou a representantes do
Ministério Público.
Aos cinco anos, sem
agüentar as agressões dos
pais, fugiu de casa e foi viver nas ruas. Depois de
dois anos, foi recolhido
por um taxista e sua mulher em Santa Cruz, bairro
que fica na zona oeste do
Rio. Em poucos meses, o
casal conseguiu a adoção
do garoto.
O menino viveu quase
cinco anos sob a guarda
desse casal. No período,
no entanto, praticou furtos em casa e fugiu várias
vezes de casa.
Os problemas de comportamento levaram o taxista a procurar a Justiça
para desistir da adoção.
O garoto, então, foi morar na casa da avó, em Japeri, mas os pais adotivos
ainda ajudavam financeiramente a família.
O menino cursa a sétima
série numa escola municipal de Japeri.
Ao ser avisado do crime,
o taxista foi visitar o menino na delegacia e se disse
culpado pelo que aconteceu. "Ele é uma criança
que estragou a vida dele,
mas a culpa disso é nossa,
da sociedade", declarou.
Ele disse que o garoto
tinha conduta normal e
um bom relacionamento
com a avó. Na opinião
do taxista, o uso do solvente de tinta motivou o garoto a cometer o assassinato.
"Ele me disse que matou
porque estava doidão",
afirmou ontem.
O garoto se apresentou
ao juiz sem camisa e usando uma bermuda azul.
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