São Paulo, sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

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Garoto fugiu de casa aos 5 anos e morou na rua

DA SUCURSAL DO RIO

O menino que matou a avó não conheceu o pai e apanhava da mãe e do padrasto, que tinham muitos problemas com bebida, de acordo com o que ele relatou a representantes do Ministério Público.
Aos cinco anos, sem agüentar as agressões dos pais, fugiu de casa e foi viver nas ruas. Depois de dois anos, foi recolhido por um taxista e sua mulher em Santa Cruz, bairro que fica na zona oeste do Rio. Em poucos meses, o casal conseguiu a adoção do garoto.
O menino viveu quase cinco anos sob a guarda desse casal. No período, no entanto, praticou furtos em casa e fugiu várias vezes de casa.
Os problemas de comportamento levaram o taxista a procurar a Justiça para desistir da adoção.
O garoto, então, foi morar na casa da avó, em Japeri, mas os pais adotivos ainda ajudavam financeiramente a família.
O menino cursa a sétima série numa escola municipal de Japeri.
Ao ser avisado do crime, o taxista foi visitar o menino na delegacia e se disse culpado pelo que aconteceu. "Ele é uma criança que estragou a vida dele, mas a culpa disso é nossa, da sociedade", declarou.
Ele disse que o garoto tinha conduta normal e um bom relacionamento com a avó. Na opinião do taxista, o uso do solvente de tinta motivou o garoto a cometer o assassinato. "Ele me disse que matou porque estava doidão", afirmou ontem.
O garoto se apresentou ao juiz sem camisa e usando uma bermuda azul.


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