São Paulo, sexta-feira, 16 de março de 2001

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Para ANP, explosão é retrocesso

EDUARDO CUCOLO
DA FOLHA ONLINE

O diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo), David Zylbersztajn, disse ontem que as explosões na plataforma da Petrobras são um desastre econômico e humano.
Segundo ele, o acidente significa um retrocesso nas atividades de exploração de petróleo no Brasil.
Zylbersztajn afirmou que não haverá impacto nas cotações do petróleo. O acidente, no entanto, fará com que o Brasil aumente a importação do produto.
"Essa é a maior e mais moderna plataforma da Petrobras. Nós não sabemos quanto tempo as atividades ficarão paralisadas, mas haverá necessidade de aumentar as importações para cobrir esses déficit", disse.
A plataforma produz diariamente entre 60 a 80 mil barris. Atualmente, o Brasil produz 1,4 milhão de barris por dia para um mercado consumidor estimado em 1,750 milhão.
"A plataforma tinha capacidade para produzir 180 mil barris por dia. Apesar de não funcionar na sua capacidade máxima, as importações de petróleo terão impacto na balança comercial", disse Zylbersztajn.
Ele afirmou que o aumento na importação não vai atingir o preço dos combustíveis. O motivo é que eles dependem da variação cambial e dos preços internacionais do petróleo.
A ANP já enviou dois técnicos para realizar uma perícia no local do acidente, região de Campos (RJ), assim que for liberado o acesso à plataforma.


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