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Para ANP, explosão é retrocesso
EDUARDO CUCOLO
DA FOLHA ONLINE
O diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo), David
Zylbersztajn, disse ontem que as
explosões na plataforma da Petrobras são um desastre econômico e
humano.
Segundo ele, o acidente significa
um retrocesso nas atividades de
exploração de petróleo no Brasil.
Zylbersztajn afirmou que não
haverá impacto nas cotações do
petróleo. O acidente, no entanto,
fará com que o Brasil aumente a
importação do produto.
"Essa é a maior e mais moderna
plataforma da Petrobras. Nós não
sabemos quanto tempo as atividades ficarão paralisadas, mas haverá necessidade de aumentar as
importações para cobrir esses déficit", disse.
A plataforma produz diariamente entre 60 a 80 mil barris.
Atualmente, o Brasil produz 1,4
milhão de barris por dia para um
mercado consumidor estimado
em 1,750 milhão.
"A plataforma tinha capacidade
para produzir 180 mil barris por
dia. Apesar de não funcionar na
sua capacidade máxima, as importações de petróleo terão impacto na balança comercial", disse Zylbersztajn.
Ele afirmou que o aumento na
importação não vai atingir o preço dos combustíveis. O motivo é
que eles dependem da variação
cambial e dos preços internacionais do petróleo.
A ANP já enviou dois técnicos
para realizar uma perícia no local
do acidente, região de Campos
(RJ), assim que for liberado o
acesso à plataforma.
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