São Paulo, sexta-feira, 16 de março de 2001

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Promotoria vai abrir inquérito

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O Ministério Público Federal de Campos vai abrir inquérito sobre o acidente na P-36. O procurador da República Yordan Moreira Delgado quer saber se houve culpa da empresa ou imperícia de funcionário. "Os outros dois acidentes na bacia de Campos este ano também serão apurados."
Delgado diz que vai esperar o fim da busca de corpos e o controle das explosões para abrir a investigação. Segundo ele, a estatal pode ser acusada de homicídio culposo (não-intencional) e familiares das vítimas poderão entrar com pedido de indenização, se a empresa for considerada culpada. "Em caso de acidente ambiental, a empresa também será acionada."
Semana passada, o Ministério Público Federal do Rio denunciou nove diretores e o presidente da Petrobras, Henri Philippe Reichstul, sob acusação de crimes contra o ambiente, por causa do vazamento de óleo na baía de Guanabara, em 18 de janeiro de 2000.
Reichstul ainda não quis se pronunciar. O Ministério Público do Trabalho, no Rio, está apurando as mortes ocorridas nos últimos três anos na bacia de Campos.
O deputado federal Luiz Antônio Fleury Filho (PMDB-SP) disse ontem, em Macaé (RJ), que ele e outros dez deputados federais vão pedir que a Câmara dos Deputados transforme o grupo numa comissão externa para acompanhar as investigações sobre o acidente.
O ministro José Sarney Filho (Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) disse que vai cobrar responsabilidades e rigor na apuração do acidente.


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