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ADMINISTRAÇÃO
Prefeitura não sabe quantos ambulantes trabalham nas ruas de São Paulo; operação inclui avenida Paulista
PT quer retirar camelôs de áreas do centro
ESTANISLAU MARIA
DA REPORTAGEM LOCAL
O titular da SIS (Secretaria da
Implantação das Subprefeituras),
Arlindo Chinaglia, defendeu ontem a retirada total dos camelôs
de pelo menos cinco áreas do centro de São Paulo: praça do Patriarca, viadutos do Chá e Santa Ifigênia (este já vazio), rua Sete de
Abril e região da avenida Paulista.
"Pelo volume de circulação de
gente e veículos, algumas áreas
devem ficar completamente limpas; a Paulista, com certeza, e pelo
menos as outras citadas", disse
Chinaglia, por telefone, à Folha.
Chinaglia e o secretário do Planejamento Urbano, Jorge Wilheim, reúnem-se hoje, às 10h30,
com a prefeita Marta Suplicy (PT)
para definir medidas sobre a situação dos ambulantes na cidade.
Marta determinou que as secretarias da Implementação das Subprefeituras e do Planejamento Urbano apontem soluções para alocar e reduzir o número de ambulantes na cidade. Em visita à Administração Regional de Pinheiros, terça, a prefeita assumiu que
ainda não fez nada e que a questão "já passou do limite tolerável".
Do encontro de hoje, poderá
sair o primeiro decreto da prefeita
sobre a questão. Incumbido de fazer diagnóstico do problema, Chinaglia vai mostrar o levantamento feito por técnicos de sua secretaria nas últimas três semanas.
Representantes dos camelôs
disseram que não são contra o veto, mas querem discutir os critérios. "Por que a Paulista e não a
Faria Lima, por exemplo?", indagou o presidente do Sintein (Sindicato dos Trabalhadores na Economia Informal de São Paulo),
Marcos Antonio Maldonado.
"Algumas ruas devem ser e serão esvaziadas, mas queremos fiscalização -para garantir que não
haverá inchaço- e opções para
quem sobrar", disse Alcides Oliveira Franca, vice-presidente do
Sintesp (Sindicato dos Permissionários em Postos Fixos nas Vias e
Logradouros Públicos do Município de São Paulo).
Gargalos
O secretário não quis detalhar o
teor do relatório, mas adiantou o
que chamou de gargalos -áreas
saturadas de camelôs onde a prefeitura vai determinar a redução
de ambulantes. "Há lugares caóticos como as ruas 25 de Março
(centro), 12 de Outubro (zona
oeste) e Voluntários da Pátria
(norte) e o largo 13 de Maio (sul)."
Chinaglia também apontou o
largo da Concórdia, as ruas Barão
de Itapetininga e 24 de Maio e o
parque D. Pedro, no centro; o largo do Rosário, na Penha, e o calçadão da rua Serra Dourada, em
São Miguel Paulista (ambos na
zona leste).
Além disso, serão apresentados
problemas por região e sugestões
enviadas pelos administradores
das regionais. Chinaglia disse que
a prefeitura não sabe quantos camelôs estão nas ruas nem quantos
vão ficar. "O último cadastramento (de 1997) aponta 22.469. Estimamos 40 mil", afirmou.
"É um chute otimista. Há pelo
menos 70 mil em toda a cidade",
afirmou Marcos Antonio Maldonado, presidente do sindicato da
economia informal, que possui
2.000 filiados.
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