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Solto diretor de companhia que poluiu rios
DA SUCURSAL DO RIO
DA FOLHA ONLINE
O TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região concedeu ontem
um habeas corpus ao diretor da
Indústria Cataguazes de Papel Félix Santana, que tinha sido preso
na semana passada.
Félix Santana, que estava detido
na penitenciária Carlos Tinoco,
em Campos dos Goytacazes (município do norte fluminense), foi
libertado ainda ontem.
O habeas corpus concedido pelo desembargador Paul Erik também beneficiou José Gregório do
Bem, outro diretor da companhia, que, como Santana, tinha sido indiciado pelo crime ambiental. Gregório do Bem, no entanto,
ainda não se apresentou à PF (Polícia Federal) nem à Justiça.
A Indústria Cataguazes de Papel, localizada no município de
Cataguases (sudeste de Minas Gerais), foi a responsável, no final de
março, pelo vazamento de resíduos tóxicos que contaminaram
as águas dos rios Pomba e Paraíba
do Sul. O composto é chamado de
lignina ou licor preto.
O vazamento de compostos resultantes da fabricação de celulose, que estavam armazenados havia 14 anos em um tanque que se
rompeu, provocou o desabastecimento em aproximadamente 40
municípios de Minas Gerais e do
noroeste fluminense.
A mancha tóxica chegou a atingir o sul do Espírito Santo e se dispersou no oceano Atlântico.
A acusação de crime ambiental
levou a Justiça Federal a bloquear
os bens da companhia.
Danos continuam
A contaminação dos rios Pomba e Paraíba do Sul continua, porém, a restringir a captação de
água para o abastecimento em oito cidades do norte e do nordeste
do Rio de Janeiro. De acordo com
a Defesa Civil, os órgãos públicos
de Santo Antônio de Pádua e a
caixa d'água de São João da Barra
são abastecidos com um carro-tanque de 30 mil litros.
Em Campos, Aperibé e São Fidélis o abastecimento está parcialmente normalizado. Já as cidades
de Miracema, Cambuci e São
Francisco de Itabapoana recebem
água de fontes alternativas, como
poços artesianos e açudes.
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