São Paulo, domingo, 16 de junho de 2002

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Paciente deve ser visto na totalidade

DA REPORTAGEM LOCAL

A idéia de que as especialidades e os especialistas não conversam entre si está começando a mudar. O corpo dividido por órgãos e enfermidades está dando lugar a uma medicina holística, em que o paciente é visto como um todo.
Essa é uma das preocupações dos cursos de educação continuada que a Sociedade Paulista de Psiquiatria Clínica vem oferecendo há quatro anos. Em oito cursos realizados ao longo do ano passado, em Campinas, participaram 1.100 médicos das mais diferentes especialidades.
As aulas, gratuitas e à noite, são uma espécie de introdução à psiquiatria preparada especialmente para profissionais médicos. Farmacologia é um dos temas. Os "alunos" aprendem a importância das dosagens e do tempo de tratamento. "Errar a dose ou o tempo pode agravar a enfermidade, pois o organismo tende ficar resistente à droga", lembra Eurico Pereira Neto, da Sociedade Paulista de Psiquiatria Clínica.
Outro tema é a anamnese, a consulta propriamente dita. Há perguntas que não podem deixar de ser feitas, como a relação com a família, com o trabalho, a qualidade do sono, a vida sexual, o tempo dedicado ao lazer.
Além de Campinas -onde a procura vem sendo grande-, os cursos começam a ser dados em Curitiba, Campo Grande e Natal. A intenção da Sociedade Brasileira de Psiquiatria Clínica é oferecer a série de "aulas" em todos as sociedades estaduais.



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