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INSS de viação deverá ser retido
DA REPORTAGEM LOCAL
A decisão de não fazer novas intervenções em empresas de ônibus não é única mudança de postura da administração Marta Suplicy na área de transporte. Depois de ser criticada por se negar a
reter as contribuições previdenciárias das viações na fonte, a prefeitura admite rever essa posição.
O secretário Jilmar Tatto disse à
Folha que existe uma "predisposição" de fazer a retenção dos encargos do INSS na fonte após assinar os novos contratos com as
empresas -provavelmente até
julho. "Há essa predisposição da
nossa parte, em razão desse caos,
dessa confusão toda."
A polêmica foi criada após a divulgação de que as viações acumulavam dívidas previdenciárias
de R$ 2,4 bilhões. Os fiscais do
INSS revelaram que já vinham cobrando da gestão petista a retenção do imposto antes de a arrecadação tarifária ser dividida.
A PF começou a investigar a sonegação por parte dos empresários e recebeu um documento que
transferia ao poder público parte
da culpa. O empresário Romero
Niquini havia enviado uma carta
à SPTrans, em 2001, pedindo essa
retenção na fonte. Essa solicitação, entretanto, foi negada.
A nova postura é influenciada
ainda por uma decisão do TRT
(Tribunal Regional do Trabalho),
que delegou à prefeitura a responsabilidade por encargos trabalhistas que não foram recolhidos por
viações. Técnicos passaram a temer que, por ser gestora do sistema, ela poderia, no futuro, ser cobrada por valores que as empresas de ônibus devem ao INSS.
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