|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"Prefeitura não consegue identificar laranjas"
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário Jilmar Tatto
(Transportes) afirmou que "não
há muito a fazer" sobre a contratação de empresas de ônibus que
têm laranjas como sócios. Para
ele, não há instrumentos para a
prefeitura saber se uma viação
pertence, de fato, aos donos registrados nos contratos. "Não se
consegue saber se um cara é laranja ou não, se há empresários
por trás dele", disse Tatto.
A Polícia Federal investiga uma
série de viações em São Paulo que
foram colocadas nos nomes de
sócios fictícios para que os verdadeiros proprietários escapassem
das responsabilidades por dívidas
e ações judiciais.
Questionado sobre a autorização para operar dada a empresas
de ônibus recém-criadas, com capital social baixo e registradas em
nome de empresários desconhecidos no setor, Tatto pôs a culpa
na "precariedade" dos contratos
emergenciais. "Eles têm fragilidades. Eu não mudei os procedimentos porque eles eram provisórios. Mas teremos um contrato
definitivo, com regras claras."
A viação Capital é uma das que
se encaixam nessas características. Ela foi constituída em março
deste ano, com um capital social
de R$ 20 mil, com sócios desconhecidos, mas foi contratada pela
prefeitura, dias depois, para atuar
na área antes explorada pela Cidade Tiradentes, na zona leste.
Como não tem recursos para
comprar veículos, a Capital os
alugou da família Constantino,
ex-proprietária da Cidade Tiradentes -ela foi vendida depois a
Leonardo Capuano, que a repassou a um eletricista que já havia
morrido e a um estelionatário.
O Transurb (sindicato patronal)
diz que os empresários que sofreram as intervenções não são mais
representados pela entidade.
Texto Anterior: INSS de viação deverá ser retido Próximo Texto: Moacyr Scliar: Deus em partículas Índice
|