|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VOLTA AO TRABALHO
Vereadores votam pela 1ª vez desde CPI, mas só aprovam propostas de consenso
Câmara aprova projetos "perfumaria"
da Reportagem Local
Pela primeira vez desde o início
da CPI da máfia da propina, a Câmara Municipal voltou a votar
projetos. Mas os vereadores só
aprovaram projetos de consenso
entre todas as bancadas. Os polêmicos, que implicavam alguma
discussão, foram adiados.
Pela manhã, uma reunião dos líderes de todos os partidos da Câmara definiu os 41 projetos que
iriam para a pauta de votação.
Dos projetos, 18 foram aprovados em primeira votação e 12 em
segunda. Os projetos aprovados
pela primeira vez precisam ser votados de novo. Após a segunda votação, são enviados para a sanção
do prefeito.
As maioria das 12 propostas
aprovadas em segunda votação
são "perfumaria", projetos sem
grande relevância, como mudanças de nomes de ruas, obrigatoriedade de todos os bares possuírem
banheiro e criação do primeiro
Campeonato Municipal dos Atletas Deficientes Físicos.
Alguns projetos importantes foram aprovados, mas devem ser vetados pelo prefeito, pois são de autoria de vereadores de oposição.
Entre eles estão o projeto de Salim
Curiati (PPB), que cria cursos profissionalizantes a desempregados,
e o do petista Adriano Diogo, que
cria o Código Municipal de Saúde.
Se esses projetos forem realmente vetados, voltam à Câmara, que
pode derrubar os vetos com os votos de 33 vereadores. Dos 18 projetos aprovados em primeira votação, a maioria também é perfumaria. Mas alguns se destacam, como
o do vereador Dalton Silvano
(PSDB), que prevê a indenização
para donos de carros roubados ou
furtados enquanto estiverem estacionados em zona azul.
Todos os projetos que despertavam alguma polêmica foram adiados para hoje.
A única discussão que ocorreu
ontem foi sobre o projeto do vereador Jooji Hato (PMDB), que prevê
o fechamento de todos os bares da
cidade à 1h. Após debate, foi votado um substitutivo de Aldaíza
Sposati (PT), que prevê a classificação dos bares por grau de risco
aos clientes. Mas a votação ficou
pendente, pois nenhum dos lados
obteve maioria.
Para o líder do PPB, Paulo Frange, a votação comprovou que a CPI
"impedia o trabalho da Câmara".
"Foram votados projetos importantes, que estavam parados há
muito tempo", afirmou.
Mas para Aldaíza Sposati, líder
do PT, faltou qualidade à pauta de
votação. "A Câmara saiu do marasmo, mas o cardápio de projetos
era muito fraco."
Texto Anterior: Testemunha narra conversa com Garib Próximo Texto: Barbara Gancia: Exu tranca-ruas vai para o trono ou não vai? Índice
|