MARCELO OLIVEIRA
da Reportagem Local

Os motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo iniciaram ontem uma série de protestos que prometem realizar até terça-feira. Amanhã, eles devem estender o protesto das catracas livres para mais terminais da cidade.
Na última sexta, motoristas e cobradores liberaram as bilheterias do terminal D. Pedro, permitindo a entrada gratuita de 80 mil passageiros. A idéia é ampliar o protesto para outros terminais.
Hoje, segundo o sindicato, devido aos problemas previstos no trânsito por causa da final da Taça Libertadores de América, os motoristas não realizarão protestos.
Foi praticamente descartada a hipótese de uma manifestação na avenida Paulista porque a via serve de acesso para vários hospitais.
Ontem, os motoristas realizaram um protesto relâmpago, interditando, das 11h15 às 11h50, o cruzamento das avenidas Ipiranga e Rio Branco, no centro da cidade.
Até as 12h30 era possível sentir reflexos do protesto, pois ficaram parados pelo menos três ônibus com pneus esvaziados nas imediações do cruzamento.
Segundo a CET, o protesto não afetou todo o trânsito da cidade, que registrou 11 km de congestionamento, às 11h30, e 12 km, às 12h, índices semelhantes aos que vêm sendo registrados no horário.
Os motoristas querem receber os vales-refeição de junho e garantir a manutenção do benefício.
O Transurb (sindicato patronal), que contesta o benefício no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, ofereceu vales de R$ 3,00, sendo que os motoristas recebem atualmente vales de R$ 6,50.
A proposta não foi aceita em assembléia da categoria, que decidiu pela realização dos protestos.
Os protestos só devem parar se houver uma nova contraproposta do Transurb ou se o TST não der parecer favorável à liminar pedida pelos empresários.
Caso não seja feito um acordo com os empresários até segunda-feira, a categoria decidirá na terça-feira se entrará ou não em greve.


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