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Exames não determinam causa de morte misteriosa em Santos
FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em Santos
O Instituto de Patologia do Departamento de Defesa das Forças
Armadas dos Estados Unidos não
conseguiu identificar a causa da
morte de Aparecida Pereira Maia,
33, ocorrida em 15 de abril em Santos (litoral paulista).
Laudo elaborado pelo instituto e
divulgado ontem pela Secretaria
Municipal da Saúde apontou como de "etiologia (causa) indeterminada" a "coagulopatia intravascular disseminada" (hemorragia
interna generalizada) que levou a
paciente à morte 16 horas após os
primeiros sintomas.
"Exaurimos todas as possibilidades de chegar a uma causa determinada", afirmou o secretário da
Saúde de Santos, Edmon Atik.
O laboratório do instituto americano examinou amostras de pulmão, coração, estômago, fígado,
rim, pele e cérebro da paciente.
Antes, o Instituto Adolfo Lutz já
havia investigado as mesmas
amostras, mas todos os exames resultaram negativo.
Com isso, Aparecida Pereira
Maia se tornou o segundo dos quatro pacientes que morreram com
sintomas como pele amarelada, insuficiências renal e hepática, febre
e hemorragia interna.
O outro é Leonardo Alcântara
Lessa da Silva, 11. Ele não teve os
órgãos do corpo examinados porque a família não permitiu.
Nos outros dois casos, as causas
das mortes foram determinadas.
Maria Estela Gaspar de Oliveira,
55, morreu de pielonefrite aguda,
uma infecção nos rins, mas a bactéria que provocou a doença não é
conhecida. Edson Salvador, 24,
morreu de hepatite B.
O diretor regional da Secretaria
Estadual da Saúde na Baixada Santista, José Ricardo Di Renzo, afirmou que, mesmo sem o surgimento de novos casos, será mantido
por prazo indeterminado o protocolo de investigação destinado a
apurar outras ocorrências.
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