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CRIME
Parentes não aceitam resultado de exame
Família de promotor quer novo laudo
LILIAN CHRISTOFOLETTI
da Reportagem Local
A família do promotor Igor Ferreira da Silva, principal suspeito de
ter assassinado a mulher, grávida
de oito meses, em São Paulo, vai
requisitar um novo laudo para
confirmar a negativa de paternidade do natimorto.
A decisão da família foi uma reação ao laudo divulgado anteontem
pelo Tribunal de Justiça. O laudo,
assinado por técnicos da USP
(Universidade de São Paulo), exclui a possibilidade de que Silva
fosse o pai do filho que Patrícia Aggio Longo estava esperando.
Para a polícia, o resultado do exame, que foi feito a pedido do próprio advogado de defesa, constitui
uma agravante para Silva, pois poderia ter sido o motivo do crime
ocorrido em junho de 1998.
"A família não aceita o resultado
do laudo. Queremos a realização
de um novo exame", afirmou Salete, mãe de Silva.
Ela disse que a decisão final cabe
ao advogado de defesa, Márcio
Thomaz Bastos. "Ele tem a palavra
final", afirmou.
Segundo Salete, o filho ficou
muito abalado com o resultado do
laudo. "É um momento muito difícil. Continuamos acreditando na
inocência dele", disse.
A irmã de Patrícia, Angélica Aggio Longo, disse ontem à Folha
que, mesmo após o laudo, a família
acredita em Silva. "A nossa posição não mudou."
Patrícia foi assassinada na noite
de 4 de junho do ano passado, com
dois tiros na cabeça, quando ia para casa, em Atibaia, junto com promotor. Silva alega que o carro foi
interceptado por um assaltante
que o fez descer, sequestrou Patrícia e a assassinou minutos depois.
Defesa
O advogado do promotor, Márcio Thomaz Bastos, tem 15 dias, a
partir da data da publicação no
"Diário Oficial" -prevista para
segunda-feira- para apresentar
sua defesa. Devido ao recesso jurídico previsto para julho, esse prazo
deve ser prorrogado.
Bastos foi procurado ontem pela
Folha várias vezes em seu escritório, mas não foi localizado.
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