CLAUDIA VARELLA
da Agência Folha, no ABCD

A Vigilância Sanitária Regional DIR-2 interditou anteontem a empresa Comfar Distribuidora de Medicamentos, de Santo André (Grande São Paulo), por falta de alvará de funcionamento. O diretor da DIR-2, Wagner Kuroiwa, disse ontem que a interdição foi feita "por cautela", para que se possa fazer uma investigação administrativa da distribuidora. A DIR-2 recebeu denúncia anônima sobre irregularidades na Comfar.

Autenticidade
"Em princípio, os medicamentos que estavam ali eram autênticos, não apresentando sinais aparentes de falsificação", disse. Amostras de alguns medicamentos foram enviadas para análise em laboratório. Os lotes dos medicamentos também estão sendo checados junto aos laboratórios onde, em tese, foram adquiridos.

Nota fiscal
Segundo o diretor da Vigilância, o proprietário da distribuidora, cujo nome está sendo mantido em sigilo, apresentou todas as notas fiscais referentes aos medicamentos ali encontrados. De pequeno porte, a Comfar tinha em seu estoque diversas variedades de medicamentos, como antibióticos, antiinflamatórios e analgésicos. Não havia medicamentos com tarja preta. Entre as notas fiscais apresentadas, havia uma de outra distribuidora por comercialização de medicamentos. "Uma vez com nota fiscal, essa prática é uma atividade mercantil lícita", afirmou. Kuroiwa explicou que o proprietário da distribuidora será multado em, pelo menos, uma irregularidade administrativa -falta de alvará.

Multa
A multa será estipulada após a confirmação da análise dos medicamentos em laboratório, que deverá sair na próxima semana. A multa sanitária para as infrações varia de R$ 60,00 a R$ 1.770,00. "Se ele (proprietário) regularizar a situação da empresa, poderá pedir a suspensão da interdição, desde que não seja constatada outra irregularidade", afirmou Kuroiwa.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice