São Paulo, quarta, 16 de setembro de 1998

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Dono da distribuidora Ação deve ter prisão preventiva pedida hoje

da Reportagem Local

A Polícia Civil deve pedir hoje a prisão preventiva do empresário José Celso Machado de Castro, 36, principal envolvido na venda de medicamentos falsos em Minas Gerais e São Paulo. Castro está preso desde anteontem, mas por força de um mandado de prisão temporária, que vence em 30 dias. Com a prisão preventiva, ele ficaria na cadeia até seu julgamento.
O acusado foi preso anteontem em Belo Horizonte (MG) e transferido ontem para Santo André, no ABCD.
Castro deve ser interrogado hoje pelo delegado Guérdson Ferreira, titular do 1º DP de Santo André, que comanda as investigações sobre a falsificação e venda de amostras falsas do remédio Androcur (usado no tratamento de câncer).
"Nosso principal interesse é saber de onde o Castro tirou tanto Androcur. Porque ele vendeu cerca de 50 mil frascos do remédio -isso só em notas que temos aqui conosco-, mas nunca comprou nem um vidrinho sequer do laboratório Schering, que fabrica o produto", disse Ferreira.
Castro foi transferido de Belo Horizonte em um carro da polícia de Santo André que foi buscá-lo. Segundo o delegado, o empresário se dispôs a pagar passagens de avião para si e para dois investigadores que faziam sua escolta. Mas o delegado não concordou.
"Ia ficar estranho, e eu não aceitei. O Estado prendeu, o Estado é que é responsável por sua transferência", disse Guérdson Ferreira. A chegada do carro com o acusado estava prevista para ontem à noite.
O empresário José Celso Machado de Castro é dono da distribuidora de medicamentos Ação. A empresa é acusada de vender amostras falsas de alguns medicamentos a hospitais públicos e privados.



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