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Dono da distribuidora Ação deve ter prisão preventiva pedida hoje
da Reportagem Local
A Polícia Civil deve pedir hoje a
prisão preventiva do empresário
José Celso Machado de Castro, 36,
principal envolvido na venda de
medicamentos falsos em Minas
Gerais e São Paulo. Castro está
preso desde anteontem, mas por
força de um mandado de prisão
temporária, que vence em 30 dias.
Com a prisão preventiva, ele ficaria na cadeia até seu julgamento.
O acusado foi preso anteontem
em Belo Horizonte (MG) e transferido ontem para Santo André,
no ABCD.
Castro deve ser interrogado hoje
pelo delegado Guérdson Ferreira,
titular do 1º DP de Santo André,
que comanda as investigações sobre a falsificação e venda de amostras falsas do remédio Androcur
(usado no tratamento de câncer).
"Nosso principal interesse é saber de onde o Castro tirou tanto
Androcur. Porque ele vendeu cerca de 50 mil frascos do remédio
-isso só em notas que temos aqui
conosco-, mas nunca comprou
nem um vidrinho sequer do laboratório Schering, que fabrica o
produto", disse Ferreira.
Castro foi transferido de Belo
Horizonte em um carro da polícia
de Santo André que foi buscá-lo.
Segundo o delegado, o empresário
se dispôs a pagar passagens de
avião para si e para dois investigadores que faziam sua escolta. Mas
o delegado não concordou.
"Ia ficar estranho, e eu não aceitei. O Estado prendeu, o Estado é
que é responsável por sua transferência", disse Guérdson Ferreira.
A chegada do carro com o acusado
estava prevista para ontem à noite.
O empresário José Celso Machado de Castro é dono da distribuidora de medicamentos Ação. A
empresa é acusada de vender
amostras falsas de alguns medicamentos a hospitais públicos e privados.
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