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Vistoria na Schering termina sem encontrar irregularidades
da Sucursal de Brasília
A inspeção realizada pela Vigilância Sanitária de São Paulo na
Schering do Brasil -após a constatação de que uma cartela do anticoncepcional Microvlar foi fabricada com 20 pílulas, no lugar
das 21 necessárias- não apontou
irregularidades.
A irregularidade foi descoberta
por uma usuária da Microvlar,
que também é funcionária da Vigilância Sanitária de São Paulo,
que acionou o órgão paulista e o
federal.
Foi lavrado um auto de infração,
a primeira etapa para o estabelecimento de uma multa. Após o auto,
a empresa tem um prazo de defesa. Depois de receber a defesa, a
Vigilância tem 60 dias para aplicar
a multa. O valor pode chegar a R$
50 mil, o máximo para infração
considerada grave.
Segundo Gonzalo Vecina Neto,
secretário nacional da Vigilância
Sanitária, a Schering do Brasil tem
boas normas de produção. Mas
deverá receber uma multa de infração grave porque é reincidente.
Em junho, a empresa havia sido
proibida de comercializar a pílula
porque foram fabricadas cartelas
com pílulas de farinha para teste
de nova máquina de embalagem,
mas parte chegou às farmácias.
A falha que resultou na venda da
cartela sem uma das pílulas aconteceu na área de embalagem da
empresa. A inspeção para verificar
se todas as pílulas estão na cartela
é feita de duas formas: visual (funcionários observam se todas estão
nas embalagens) e com câmera
automática.
"Eles dizem que houve falha humana. Não sei como ter um controle visual, eu não enxergo os
comprimidos naquela cartelinha", disse o ministro José Serra.
Quando falta uma drágea, a cartela é descartada, o que não ocorreu nesse caso. As 173 mil cartelas
do lote 253, do qual faz parte a cartela irregular, passaram pelos dois
sistemas de detecção de falhas.
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