São Paulo, quarta, 16 de setembro de 1998

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Vistoria na Schering termina sem encontrar irregularidades

da Sucursal de Brasília

A inspeção realizada pela Vigilância Sanitária de São Paulo na Schering do Brasil -após a constatação de que uma cartela do anticoncepcional Microvlar foi fabricada com 20 pílulas, no lugar das 21 necessárias- não apontou irregularidades.
A irregularidade foi descoberta por uma usuária da Microvlar, que também é funcionária da Vigilância Sanitária de São Paulo, que acionou o órgão paulista e o federal.
Foi lavrado um auto de infração, a primeira etapa para o estabelecimento de uma multa. Após o auto, a empresa tem um prazo de defesa. Depois de receber a defesa, a Vigilância tem 60 dias para aplicar a multa. O valor pode chegar a R$ 50 mil, o máximo para infração considerada grave.
Segundo Gonzalo Vecina Neto, secretário nacional da Vigilância Sanitária, a Schering do Brasil tem boas normas de produção. Mas deverá receber uma multa de infração grave porque é reincidente.
Em junho, a empresa havia sido proibida de comercializar a pílula porque foram fabricadas cartelas com pílulas de farinha para teste de nova máquina de embalagem, mas parte chegou às farmácias.
A falha que resultou na venda da cartela sem uma das pílulas aconteceu na área de embalagem da empresa. A inspeção para verificar se todas as pílulas estão na cartela é feita de duas formas: visual (funcionários observam se todas estão nas embalagens) e com câmera automática.
"Eles dizem que houve falha humana. Não sei como ter um controle visual, eu não enxergo os comprimidos naquela cartelinha", disse o ministro José Serra.
Quando falta uma drágea, a cartela é descartada, o que não ocorreu nesse caso. As 173 mil cartelas do lote 253, do qual faz parte a cartela irregular, passaram pelos dois sistemas de detecção de falhas.



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