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Recuperação mobiliza grupo
DA SUCURSAL DO RIO
A recuperação do manguezal
do Jequiá mobiliza artistas. O cantor e compositor Chico Buarque
de Holanda doou um barco para
que os ambientalistas possam
percorrer os 16 mil m2 do mangue.
O motor do barco foi doado pelo compositor e escritor Hermínio Bello de Carvalho, que se engajou pessoalmente na recuperação do manguezal.
Bello de Carvalho chegou a escrever o texto "São Pixinguinha
visita o manguezal do Jequiá",
distribuído pela Associação Amigos do Manguezal do Jequiá.
Por causa do apoio, a comunidade homenageou Chico Buarque e Hermínio Bello de Carvalho. O barco foi batizado com o
nome de "Chico Bello".
Os integrantes do conjunto
MPB-4 e a cantora Cristina Buarque (irmã caçula de Chico) também realizaram atividades no
manguezal.
A colônia de pesca do Jequiá,
fundada em 17 de novembro de
1920, é a única que resta das cinco
que existiam na Ilha do Governador.
O ambientalista José Luiz de
Castro Ferreira, 42, nascido na
área, é um dos líderes comunitários que participam da recuperação do manguezal. Ele preside a
associação.
Ferreira foi informado pelo biólogo Fernando Neves Pinto da
presença de mercúrio no mangue. "Esse mercúrio é uma incógnita. A gente não sabe de onde
vem. A quantidade é muito alta
para um lugar que não tem indústria", afirmou o ambientalista.
Ferreira disse estar preocupado
com a presença do metal na lama
do mangue e com a possibilidade
de contaminação dos pescados.
"A gente sabe que, para ficar
doente, precisa comer muito. O
problema é que ninguém come
um caranguejo só", afirmou Ferreira.
O manguezal passa por um processo de recuperação de sua vegetação original. Vários trechos do
mangue estão sendo replantados
com mudas produzidas na própria comunidade, em uma estufa
doada pela Shell. Por mês, a estufa
produz cerca de 40 mil mudas.
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