PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O sonho americano supera todo tipo de risco para o mineiro Wellington Rodrigues dos Santos Júnior, 31, de Itambacuri, a 110 km de Governador Valadares (MG).
Em 28 de janeiro de 2004, após 60 dias preso nos EUA, ele estava entre os 277 deportados que voltaram ao Brasil em vôo fretado.
Em julho daquele ano, arriscou outra vez: mais 30 dias preso e nova deportação, em agosto. Frustradas as tentativas, ainda não desistiu, mas o sonho arrefeceu.
Casado, pai de dois filhos e morando com a mãe em uma casa emprestada por um tio, disse que quer viver nos EUA por dinheiro.
"Se achar emprego aqui para ganhar R$ 600, R$ 700, fico, mas é difícil. Não digo que não tentarei outra vez, mas vai ficando difícil."
Quando saiu de Minas em novembro de 2003, deixou um emprego de balconista. Viajou com US$ 7.000 enviados dos EUA por amigos. Preso no Arizona logo depois de atravessar a fronteira mexicana, foi deportado e ficou com a dívida, que pretende pagar.


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