da Reportagem Local

O promotor de Justiça Edilson Mougenot Bonfim disse que vai mandar de volta ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) dois dos inquéritos do caso do maníaco do parque. Segundo Bonfim, as investigações sobre as mortes da estudante Elizângela Francisco da Silva, 21, e de uma mulher ainda não identificada, devem ser aprofundadas.
"Vou pedir complementação da investigação policial porque não há confissão nem detalhes das mortes, o que dificulta a denúncia", disse o promotor. "Ele deve ser interrogado novamente e vou pedir novas diligências."
Para Bonfim, o depoimento do motoboy e a negativa de morte de Patrícia evidenciam que o acusado tem a inteligência absolutamente preservada. "Quando ele tentou se livrar das acusações das mulheres que escaparam com vida do parque do Estado, disse que todas que entraram com ele na mata foram mortas. Agoras, diz que uma Patrícia imaginária saiu viva e já acena com possibilidade de cura. Ataca a polícia porque sabe que isso põe em cheque os pilares da Justiça. É uma técnica corriqueira. Vai suprimindo uma prova ali, uma autoria aqui. Ele sabe o que dizer quando lhe interessa", afirmou o promotor. "Só que na tentativa de se livrar, ele só ajuda a promotoria, porque evidencia sua inteligência."
O promotor prometeu ainda encabeçar um abaixo-assinado nacional solicitando que o governo federal discuta a possibilidade de implantação de prisão perpétua para casos como o do maníaco do parque.
(SC)


Texto Anterior | Próximo Texto | Índice