São Paulo, sexta-feira, 17 de março de 2000


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Frases

"Eu não posso dormir em casa porque vivo sendo ameaçado. Se bobear, eu, que era obrigado a pagar propina, vou ser condenado por formação de quadrilha e concussão, e eles (os vereadores) vão ser inocentados", sobre o andamento das investigações da máfia da propina, em 16.jun.99

"Em 93, o Maluf assumiu e os fiscais fizeram um "rapa" no dia seguinte. Logo achei que aquilo era uma forma de valorizar a situação. Quanto mais a gente se desesperasse, mais iria pagar. Resolvi organizar o viaduto para diminuir as despesas dos ambulantes e ter força política para negociar. Aí eles souberam e passaram a exigir dinheiro. Por R$ 15 mil por mês eu tinha controle de tudo, mas minha vida virou um inferno", em depoimento à polícia - fev.99

"Você é obrigado a entrar no esquema. Quem está na rua ou participa ou é morto, não vive. Não tem como fugir. Eu queria tirar os camelôs dali para um bolsão porque eu sabia que a casa ia cair, como caiu. Mas os bolsões não têm a menor estrutura", em depoimento à polícia - fev.99

"Eu arrecadava uns R$ 30 mil por mês. Ou seja, R$ 7.500 por semana -R$ 35 de cada camelô. Disso, R$ 10 mil ficavam comigo para minha subsistência, R$ 5 mil pagavam as despesas da associação e R$ 15 mil iam para os chefes da fiscalização. Uns eram fiscais mesmo, outros trabalhavam na Câmara Municipal. Muitos deles cobravam o dinheiro usando nome dos vereadores", em depoimento à polícia - fev.99

"Temo pela minha segurança. Se eu já era perseguido antes, imagina agora. Recebo muitas ameaças e vivo assustado. Não consigo dormir. Já troquei de telefone umas seis vezes. Não via a hora de sair disso, mas não quero ser um papel higiênico, que é usado e jogado fora. Quero proteção e vou andar com os nomes que citei na carteira para que sejam procurados caso alguma coisa aconteça comigo depois que sair da cadeia", em depoimento à polícia - fev.99

"Era uma troca: eu ajudava o (Hanna) Garib e ele segurava o viaduto (Santa Ifigênia) para mim", idem


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