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Promotor crê em 'queima de arquivo'
da Reportagem Local
O promotor Roberto Porto e o
delegado Romeu Tuma Jr., integrantes da força-tarefa que investiga a máfia da propina na Prefeitura de São Paulo, afirmaram ontem que o assassinato do ambulante Gilberto Monteiro da Silva
foi motivado por "queima de arquivo ou vingança".
Porto e Tuma Júnior afirmaram
que o crime não prejudicará as investigações envolvendo fiscais da
Administração Regional da Sé e o
ex-deputado Hanna Garib em um
esquema de cobrança de propina
de ambulantes.
Os dois, no entanto, temem que
o crime acabe intimidando outras
testemunhas.
"Tenho certeza de que isso foi
queima de arquivo. A morte do
Gilberto vai amedrontar outras
testemunhas", disse o promotor
Roberto Porto.
Segundo o promotor, o crime
não vai prejudicar as investigações do caso porque os depoimentos de Gilberto já tinham sido
tomados pelo Ministério Público
e pela Polícia Civil.
O delegado Romeu Tuma Jr.
afirmou que Gilberto Monteiro
da Silva era uma testemunha em
outro inquérito que estava em fase de conclusão na Polícia Civil
envolvendo denúncias contra o
ex-deputado Hanna Garib.
"O Gilberto era uma testemunha importante e agora não poderá ser ouvido na Justiça, apesar de
já ter prestado depoimento na polícia", disse Tuma Jr. "Pela quantidade de tiros, tudo induz a uma
possível vingança."
A Procuradoria Geral de Justiça
do Estado de São Paulo vai nomear um promotor do Tribunal
do Júri para acompanhar as investigações do assassinato do ambulante Gilberto Monteiro da Silva.
A Secretaria Estadual da Segurança Pública informou ontem
que poderá analisar o fornecimento de proteção especial para
testemunhas da máfia da propina,
caso seja feita uma solicitação.
Segundo a secretaria, as vítimas
de ameaças também podem procurar o serviço de proteção a testemunhas de São Paulo, da Secretaria da Justiça.
O programa prevê mudança de
nome, de Estado, proteção policial e ajuda financeira.
(GONZALO NAVARRETE e LILIAN CHRISTOFOLETTI)
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