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Em um ano, ambulante virou líder
da Reportagem Local
Natural do Rio Grande do
Norte, tímido e com um timbre
de voz baixo, Gilberto Monteiro da Silva tornou-se líder dos
ambulantes do viaduto Santa
Ifigênia em apenas um ano como camelô, entre 92 e 93.
O viaduto, segundo o próprio
Silva afirmava, era uma das
áreas mais lucrativas para os
ambulantes da cidade, atrás somente da rua 25 de Março.
Após um ano pagando propina para manter seu ponto sem
a licença obrigatória, Silva
criou a Associação dos Camelôs Independentes de São Paulo, segundo ele, para organizar
um esquema de segurança para manter as barracas no local
também à noite. Desde então, o
ambulante virou uma espécie
de "dono" do viaduto, tornando-se o responsável pela manutenção do esquema.
Somente em propinas, conforme revelou em seu primeiro
depoimento, Silva arrecadava
em torno de R$ 30 mil mensais.
Atualmente, segundo seu advogado, ele trabalhava somente como revendedor de coco
verde. Mas ambulantes da ladeira da Memória, para onde
havia se mudado desde que o
viaduto foi fechado para reformas, afirmam que ele ainda
mantinha duas barracas de
venda de ferramentas no local.
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