São Paulo, sexta-feira, 17 de março de 2000


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Em um ano, ambulante virou líder

da Reportagem Local

Natural do Rio Grande do Norte, tímido e com um timbre de voz baixo, Gilberto Monteiro da Silva tornou-se líder dos ambulantes do viaduto Santa Ifigênia em apenas um ano como camelô, entre 92 e 93.
O viaduto, segundo o próprio Silva afirmava, era uma das áreas mais lucrativas para os ambulantes da cidade, atrás somente da rua 25 de Março.
Após um ano pagando propina para manter seu ponto sem a licença obrigatória, Silva criou a Associação dos Camelôs Independentes de São Paulo, segundo ele, para organizar um esquema de segurança para manter as barracas no local também à noite. Desde então, o ambulante virou uma espécie de "dono" do viaduto, tornando-se o responsável pela manutenção do esquema.
Somente em propinas, conforme revelou em seu primeiro depoimento, Silva arrecadava em torno de R$ 30 mil mensais.
Atualmente, segundo seu advogado, ele trabalhava somente como revendedor de coco verde. Mas ambulantes da ladeira da Memória, para onde havia se mudado desde que o viaduto foi fechado para reformas, afirmam que ele ainda mantinha duas barracas de venda de ferramentas no local.


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