São Paulo, quarta-feira, 17 de março de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Anvisa confirma 16 mortos no país

DA AGÊNCIA FOLHA

As primeiras mortes relacionadas ao uso do contraste Celobar surgiram em maio de 2003. Em todo o país, 21 pessoas podem ter morrido em decorrência da contaminação pelo medicamento. Oficialmente, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) confirma a morte de 16 pacientes.
Análises mostraram que o lote 3040068 do Celobar estava impróprio para consumo. Laudo da Fundação Oswaldo Cruz detectou grande quantidade de carbonato de bário no lote (14% em 100g do contraste, enquanto o limite máximo permitido é de 0,001%). O carbonato é usado em raticidas.
As 4.500 unidades do lote foram distribuídas em abril de 2003. Após registradas as primeiras mortes, a Anvisa interditou o laboratório Enila, fabricante do remédio, que também teve a falência decretada e continua fechado.
O maior número de vítimas registrado se concentrou em Goiás, onde a polícia pediu a exumação de nove corpos, mas o Celobar chegou a ser distribuído em outros oito Estados (SP, MG, RJ, ES, SC, AL, PE, BA) e no DF.
Em 12 de fevereiro deste ano, a Polícia Civil de Goiás concluiu o primeiro inquérito do caso e indiciou o diretor e três funcionários do Enila, fabricante do Celobar, pela morte de Aldenora Izídio da Silva, 56, em maio de 2003.
Os quatro foram indiciados com base nos artigos 273 (adulteração de produto para fins farmacêuticos) e 258 (agravante de morte) do Código Penal. O crime é considerado hediondo e a pena pode chegar a 30 anos de prisão.


Texto Anterior: Saúde: Minas indicia 2 por mortes pelo Celobar
Próximo Texto: Outro lado: Estado não tem competência para analisar o caso, afirma advogado
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.