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Anvisa confirma 16 mortos no país
DA AGÊNCIA FOLHA
As primeiras mortes relacionadas ao uso do contraste Celobar
surgiram em maio de 2003. Em
todo o país, 21 pessoas podem ter
morrido em decorrência da contaminação pelo medicamento.
Oficialmente, a Anvisa (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária)
confirma a morte de 16 pacientes.
Análises mostraram que o lote
3040068 do Celobar estava impróprio para consumo. Laudo da
Fundação Oswaldo Cruz detectou
grande quantidade de carbonato
de bário no lote (14% em 100g do
contraste, enquanto o limite máximo permitido é de 0,001%). O
carbonato é usado em raticidas.
As 4.500 unidades do lote foram
distribuídas em abril de 2003.
Após registradas as primeiras
mortes, a Anvisa interditou o laboratório Enila, fabricante do remédio, que também teve a falência decretada e continua fechado.
O maior número de vítimas registrado se concentrou em Goiás,
onde a polícia pediu a exumação
de nove corpos, mas o Celobar
chegou a ser distribuído em outros oito Estados (SP, MG, RJ, ES,
SC, AL, PE, BA) e no DF.
Em 12 de fevereiro deste ano, a
Polícia Civil de Goiás concluiu o
primeiro inquérito do caso e indiciou o diretor e três funcionários
do Enila, fabricante do Celobar,
pela morte de Aldenora Izídio da
Silva, 56, em maio de 2003.
Os quatro foram indiciados
com base nos artigos 273 (adulteração de produto para fins farmacêuticos) e 258 (agravante de
morte) do Código Penal. O crime
é considerado hediondo e a pena
pode chegar a 30 anos de prisão.
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