São Paulo, sábado, 17 de abril de 2004

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Centros esperam material de teste

DA REPORTAGEM LOCAL

Sem laboratório, a Fundação Hemoba, da Bahia, ainda não tem condições de fazer testes com a tecnologia NAT.
"Os técnicos nós já temos. Mas estamos ainda sem o laboratório e a tecnologia", explica Adriana Mello, responsável pelo hemocentro, um dos maiores da região Nordeste.
Para a implantação do teste, existe a necessidade de uma área isolada, a fim de evitar contaminações, e pessoal treinado para executar o exame no sangue coletado, além, obviamente, do material de testagem.
"Mas aqui não posso dizer que a culpa é do ministério [da Saúde]", acrescenta Mello. Segundo ela, o Estado não prestou contas devidamente e, por isso, não recebeu verbas para infra-estrutura.
"Eu sou a favor do exame. Se você consegue evitar uma contaminação, já ganhou", diz.
"Aqui estamos com o laboratório pronto e técnicos também desde 2003. Falta poder comprar o kit [de testagem, que será financiado via ministério]. Ninguém conseguiu ainda implantar no país", afirma Eliana Dalla Nora, assistente técnica da Hemorede do Mato Grosso do Sul.
A situação é a mesma do hemocentro coordenador do Distrito Federal. "Estamos esperando o ministério adquirir e repassar os testes", diz Maria de Fátima Brito Portela, do órgão. "É uma segurança a mais, mas não reduz o risco a zero."
O hemocentro é um dos que responde, na Justiça, por uma transfusão que contaminou um paciente. O doador estava em "janela imunológica".


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