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Após duas mortes na família, mãe de Alana quer ajuda para deixar morro
LUIZ FERNANDO VIANNA
DA SUCURSAL DO RIO
O assassinato, na sexta-feira
passada, do office-boy Hélio,
25, pouco mais de um mês após
a morte por bala perdida de
Alana, 12, levou Edna Ezequiel
a querer sair do lugar onde nasceu: o morro dos Macacos, em
Vila Isabel, zona norte do Rio.
Mãe de Alana e irmã de Hélio, Edna, 33, reivindicava ontem ajuda oficial para deixar o
seu barraco. Ela está sem condições de trabalhar como doméstica desde a morte da filha,
e vive de cestas básicas doadas.
"Estou morando na mesma
casa em que convivia com minha filha. Não recebi nada do
Estado até hoje. Eles podiam
dar meios para a gente comprar
outra coisa, porque dinheiro
para sair nós não temos. Quero
ir lá para baixo", diz ela, sobre a
parte urbanizada de Vila Isabel.
A Secretaria Estadual de Assistência Social informou que,
logo após a morte de Alana, se
pôs à disposição de Edna para
um encontro. A secretaria diz
que ainda espera pelo contato.
A mudança não será simples:
a família diz só deixar o morro
completa -são 28 pessoas.
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