São Paulo, sexta-feira, 17 de maio de 2002

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Para prefeitura, impacto no valor final será nulo

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário do Planejamento Urbano, Jorge Wilheim, e a equipe de técnicos que criou o Plano Diretor acreditam que o preço dos apartamentos em São Paulo permanecerá o mesmo.
Wilheim faz ressalva apenas no caso de condomínios comerciais como os da avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini (zona sul), "onde há grande procura".
A tese na qual se baseia a sua equipe é simples: ao rebaixar o coeficiente de aproveitamento, o preço dos terrenos também cairá. O valor de um lote é determinado por sua localização e potencial construtivo, indicado pelo CA.
"Como um terreno que permitia construir quatro vezes pode continuar com o mesmo preço se passar a permitir apenas uma vez? Isso seria revogar as leis do próprio mercado", diz Wilheim.
A tese baseia-se também em um fato: os terrenos em Z-2, onde hoje se permitem construções de até duas vezes o seu tamanho (CA 2), custam quase a metade dos lotes localizados em Z-3, que tem CA 4.
"A cidade cresceu e se verticalizou de maneira desigual. Os lugares em que se permitiam construir mais viraram paliteiro. O rebaixamento do CA tem a intenção de distribuir melhor essa verticalização", afirma.
As regiões com terrenos Z-3 e Z-4 são o grande filão das construtoras e são cerca de 8% do território. "Mas a localização também influi. Bairros como Jardins já não têm mais terrenos. Como o preço irá baixar?", diz Ricardo Leite.



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