São Paulo, sexta-feira, 17 de maio de 2002

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Benedita descarta força-tarefa

DA SUCURSAL DO RIO

A proposta do ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior, de criar uma força-tarefa envolvendo Forças Armadas e Polícia Federal com as polícias estaduais para combater o crime organizado no Rio desagradou a governadora Benedita da Silva (PT), que à noite, por meio da Coordenadoria de Comunicação Social, divulgou nota sobre o assunto: "Não será criada nenhuma força-tarefa".
À tarde, ao receber ontem um telefonema do ministro, a governadora limitou-se a dizer que estudaria a idéia. "Eu agradeci ao ministro, mas, no momento, ainda não temos essa política determinada. Se houver alguma necessidade, nós buscaremos", afirmou a governadora, acrescentando que o Estado, por enquanto, "trabalha com a Polícia Civil e a Polícia Militar".
A força-tarefa também não foi bem vista pelo secretário estadual de Segurança Pública, Roberto Aguiar, que fez questão de salientar que ela só será aceita "se estiver sob o nosso comando".
"Se for comandada pela Superintendência da Polícia Federal, ela será uma invasão federativa, um ato inconstitucional. Agradecemos a solidariedade do governo federal, mas ainda vamos discutir o assunto", disse Aguiar.
Ele criticou a participação das Forças Armadas no combate ao crime organizado. A governadora reafirmou que está tomando todas as providências para solucionar o atentado contra o prédio da Secretaria de Direitos Humanos.


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