São Paulo, sábado, 17 de maio de 1997.



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VIOLÊNCIA
Quadrilha conseguiu fugir após furar bloqueio policial; apenas um dos assaltantes, que era foragido, foi preso
Assalto a banco fere 2 PMs e pára Paulista

da Reportagem Local

Uma quadrilha assaltou um banco, rompeu o cerco policial a bala, feriu dois PMs e conseguiu escapar no meio da avenida Paulista (região central de São Paulo). Apenas um dos ladrões foi preso.
Após o tiroteio, enquanto a perseguição aos assaltantes prosseguia, o trânsito na avenida foi parado para que um helicóptero da Polícia Civil pousasse e socorresse um dos PMs baleados. Entre os cinco membros da quadrilha estaria uma mulher loira.
O dinheiro roubado, cerca de R$ 1.300, foi recuperado pelos policiais. Eles também apreenderam duas pistolas semi-automáticas que estavam com o ladrão preso e um revólver calibre 38 que havia sido levado dos vigias do banco.
A ação dos assaltantes começou às 15h50, quando o grupo chegou à agência do Unibanco da avenida Paulista, ao lado do prédio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
O alarme do banco foi disparado logo em seguida à entrada dos assaltantes pela porta lateral. A porta principal da agência, que tem detector de metais, não estava funcionando. A quadrilha rendeu os funcionários e clientes do banco e recolheu o dinheiro dos caixas.
Nesse momento, policiais militares chegaram à agência bancária. Ao perceberem o cerco, os ladrões arrebentaram a tiros a porta com detector de metais e saíram do local disparando contra os policiais.
Os assaltantes correram pela avenida e teriam usado uma motocicleta, um Corsa e um Verona para escapar. Segundo a polícia, o dinheiro foi abandonado pela quadrilha perto do banco.
Os soldados Sidnei Sabino e Dárcio Duarte da Silva foram baleados. Uma bala, segundo colegas, atingiu a clávicula de Sabino e perfurou o pulmão. Ele foi levado pelo helicóptero ao Hospital das Clínicas, onde foi operado.
Baleado em uma das pernas, Silva foi levado ao Hospital da PM no Tremembé (zona norte). O policial passa bem.
Sidnei Januário Ferreira foi preso próximo do Masp (Museu de Arte de São Paulo). Segundo a polícia, ele foi deixado pelos companheiros. Foragido da penitenciária de São Vicente (SP), Ferreira está condenado a mais de 30 anos de prisão sob a acusação de assalto a banco e assassinato.
Segundo funcionários do banco que não quiseram se identificar, cerca de 15 tiros foram disparados no tiroteio entre ladrões e PMs.
Segundo eles, o número de feridos só não foi maior porque havia poucos clientes no banco.



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