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EDUCAÇÃO
Proposta deverá ser reapresentada no Congresso
Ministro volta a defender projeto que prevê taxa para ex-alunos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Cristovam Buarque
(Educação) voltou a defender ontem o debate da proposta do ex-deputado petista Padre Roque,
que prevê a cobrança de taxa de
ex-alunos de universidades públicas como uma forma de financiamento do ensino superior.
A defesa foi feita durante o lançamento do documento "Alinhamento Estratégico 2003", que traz
as 19 principais metas para a educação neste ano. Entre elas estão a
ampliação de fontes de financiamento, o início da implantação da
Escola Básica Ideal -em cem
municípios com menos de 30 mil
habitantes- e a preparação para
o Fundeb, fundo para a educação
básica que substituirá o Fundef
(que atende só a fundamental).
O ministro disse que o levantamento dos custos não foi fechado,
mas ele calcula que, para 2004, seriam necessários de R$ 20 bilhões
a R$ 25 bilhões a mais para o setor, incluindo gastos de União,
Estados e municípios. Isso seria
um acréscimo de 50% em comparação ao que é gasto atualmente
pelas três esferas no setor.
Nas metas também se incluem a
alfabetização de 3 milhões de jovens e adultos -de um total de 20
milhões até 2006.
A proposta de Roque, a ser reapresentada no Congresso, prevê
um fundo para o ensino superior
público, cobrando alíquota de 2%
para ex-alunos que ganhem de R$
30 mil a R$ 50 mil anuais e de 3%
para salários anuais acima disso.
"Sou comprometido com a gratuidade do ensino. Mas defendo
buscar fontes de recursos, desde
que não seja do bolso do aluno",
disse Buarque. Para ele, a proposta não fere o princípio da gratuidade do ensino superior.
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