São Paulo, Quinta-feira, 17 de Junho de 1999
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OUTRO LADO
"Controle já está regular"

da Reportagem Local

A assessoria de imprensa da Cohab disse ontem que a empresa já adotou novas normas de controle de frequência dos funcionários de confiança emprestados a outros órgãos da administração municipal.
Segundo a companhia, a partir da recomendação do TCM feita em 4 de janeiro passado, ela passou a exigir que os órgãos mandem regularmente a seu departamento de recursos humanos as folhas de frequência dos funcionários emprestados acompanhadas de um atestado do superior hierárquico dos mesmos declarando que trabalharam naquele mês.
A Cohab admitiu que os casos identificados na auditoria estavam com os controles defasados e afirma que está tentando recuperar as folhas e os atestados da época nos órgãos beneficiados pelo empréstimo para encaminhar ao TCM.
A empresa confirmou que todos os funcionários receberam seus salários, independentemente de os órgãos onde estão lotados terem enviado a comprovação de frequência. "Temos que partir do princípio de que estão trabalhando, até que se prove o contrário".
O procedimento é contestado até pelo secretário municipal da Administração, Renato Tuma. Segundo ele, os pagamentos só podem ser feitos mediante comprovação de ponto. "Sem a folha de frequência, o pagamento é irregular", disse Tuma.
Sobre a formalização dos empréstimos, a Cohab afirmou que tem hoje 27 funcionários cedidos, todos com documentos atestando o paradeiro.
A empresa não explicou o que houve com os supostos empréstimos ocorridos à época da auditoria do TCM.
Segundo o secretário Tuma, não pode haver empréstimo de funcionários sem a formalização do ato.
O secretário de Comunicação Social, Antenor Braido, disse que o prefeito Celso Pitta orientou a empresa em janeiro a rever os controles.

Anhembi
O diretor administrativo do Anhembi, Oswaldo Mattua, limitou-se a dizer que as irregularidades apontadas aconteceram antes do início da atual gestão, em 1º de maio passado. Por isso, segundo ele, não seria possível identificar em que ponto do processo de gestão o controle da mão-de-obra falhou.
Mattua não soube informar também se foram feitas auditorias internas na contratações de temporários nos últimos dois anos para saber se o problema se repetiu. (SC)

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