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Discussão interrompe sessão
da Reportagem Local
Uma discussão entre os vereadores Wadih Mutran (PPB) e
Dalton Silvano (PSDB) interrompeu a sessão da Câmara por
cerca de dez minutos.
Mutran, com o dedo em riste,
chegou a partir para cima de Silvano, mas foi contido por José
Eduardo Cardozo (PT). Os três
vereadores eram membros da
CPI da máfia da propina.
Em seguida, Mutran, vermelho, tremendo e suando, foi retirado do plenário pelos vereadores Rubens Calvo (PSB) e Paulo
Frange (PPB), que são médicos.
Mais calmo, voltou à sessão
após cerca de dez minutos.
A discussão começou durante
discurso do vereador José Viviani Ferraz (PL), que pedia aos vereadores que aprovassem um
projeto do prefeito que cria um
programa de demissão voluntária na prefeitura.
Ferraz reclamou que o projeto
está parado há mais de um ano
na Comissão de Constituição e
Justiça da Casa, que é comandada atualmente pela oposição.
Ele insinuou que os oposicionistas estariam usando a comissão
para brecar projetos de Pitta.
Silvano, então, replicou que,
quando o projeto chegou à comissão, em maio do ano passado, ela era presidida por Mutran. "Se alguém segurou o projeto, foi o Mutran", afirmou.
Mutran, que estava em seu gabinete, ouviu o pronunciamento
de Silvano pelo sistema de som e
desceu ao plenário. Gritando,
eles passaram a discutir.
"Nunca segurei projetos, não
admito ser acusado disso por
você", gritou Mutran. "Já estou
cansado de ser acusado. É imprensa, é vereador, é todo mundo dizendo que eu sou desonesto. Não aguento mais!"
Mutran discutiu com Roberto
Trípoli (PSDB), atual presidente
da comissão, acusando-o de,
"desonestamente", prejudicar o
prefeito. "Desonesto é você", retrucou Trípoli.
A irritação de Mutran contra
Trípoli surgiu ao saber que o tucano entrou com um pedido para exonerá-lo da Comissão de
Constituição e Justiça, por não
ter comparecido às últimas sete
sessões. Mutran alega que não
foi porque estava nas sessões da
CPI da máfia da propina -embora as reuniões fossem realizadas em horários diferentes.
"A imprensa pode falar de
mim, porque não consigo gritar
mais alto que todos os jornalistas. Mas aqui dentro ninguém
ganha de mim no grito. Eu grito
mais alto", declarou Mutran.
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