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Será desrespeito à
Justiça, diz sindicato
da Reportagem Local
A decisão da Prefeitura de São
Paulo de manter a fiscalização dos
bares vai contra a liminar conseguida pelo Sindicato dos Hotéis,
Restaurantes, Bares e Similares,
segundo o diretor jurídico da entidade, José Francisco Vidotto.
"Se houver a expressão "bar" no
contrato social e esse estabelecimento também servir lanche e for
fechado, a prefeitura estará desrespeitando uma determinação
judicial", disse o advogado.
A prefeitura entende que todo
estabelecimento comercial cujo
alvará indicar o funcionamento
de um bar pode ser enquadrado
na lei da 1h. O secretário dos Negócios Jurídicos, Edvaldo Brito,
vai recorrer da decisão na Justiça.
Na opinião de Vidotto, a prefeitura não deverá conseguir derrubar os efeitos da liminar. "Eles
não têm saída. Não há na prefeitura algo que defina o que é bar. A
juíza que concedeu a liminar usou
um dicionário e não há nada para
derrubar essa fonte de consulta."
Polêmica
O projeto de fechamento dos
bares à 1h foi formulado e apresentado na Câmara Municipal de
São Paulo há três anos pelo vereador Jooji Hato (PMDB).
O projeto foi feito após o assassinato de jovens no bar Bodega,
um crime que teve grande repercussão na cidade de São Paulo.
Hato entendia que o fechamento dos bares ajudaria a diminuir a
violência na cidade.
O projeto ficou parado muito
tempo na Câmara e só foi aprovado pelos vereadores a pedido do
prefeito, como a Folha apurou.
Pitta percebeu que a lei dos bares poderia ser uma boa oportunidade para tentar melhorar sua
imagem, desgastada pelas denúncias sobre a ação da máfia da propina na Prefeitura de São Paulo.
Polêmica, a lei aprovada tem
apoio de boa parte da população,
principalmente dos vizinhos de
estabelecimentos do gênero.
É comum ouvir nos corredores
do Palácio das Indústrias -sede
da prefeitura- que a lei dos bares
será "a lei do cinto do Pitta", em
referência à determinação aprovada na gestão Paulo Maluf de
obrigatoriedade do uso de cinto
de segurança nos veículos.
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