São Paulo, quinta, 17 de setembro de 1998

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Idade é 'alvo fácil' das drogas

da Sucursal do Rio

O público infanto-juvenil de 7 a 14 anos, especialmente o que frequenta a escola pública, é alvo fácil para outros problemas de saúde além da anemia, como o uso de drogas e as doenças sexualmente transmissíveis.
Dados obtidos pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio com organizações que trabalham com jovens mostram que, aos 12 anos, já começa o contato com drogas e álcool. A vida sexual começa, em média, aos 13 anos.
"Sem orientação adequada, o jovem começa a manter relações sexuais sem prevenção e pode contrair Aids ou outras doenças sexualmente transmissíveis. Surgem também muitos casos de gravidez, e tudo isso é vivenciado na escola", afirmou o gerente do programa de Saúde Escolar da Secretaria Municipal de Saúde, Carlos dos Santos Silva.
Segundo Silva, têm crescido entre crianças e adolescentes as mortes por causas externas, como acidentes, homicídios e atropelamentos. Em 96, 42,9% das mortes na faixa etária de 5 a 9 anos ocorreram por causas externas. Em 97, o percentual de mortes por causas externas nessa faixa etária foi de 40,1%.
Entre crianças de 10 a 14 anos, as mortes por causas externas representaram 57,7% do total nessa faixa etária em 96 e 55,6% em 97.
Entre crianças menores, as causas mais comuns são quedas e atropelamentos. Na adolescência, os jovens começam a ser vítimas de homicídios e acidentes automobilísticos.
"O nosso público tem indicadores muito negativos. O trabalho tem que ser completo e se torna mais difícil, daí o reforço nos programas de treinamento de professores e educação para a saúde", disse Silva.



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