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DIVERSÃO
Evento não será retomado, pelo menos até março
Com aprovação de 50%, Domingo na Paulista poderá ser extinto
MAYRA STACHUK
DA REPORTAGEM LOCAL
O Domingo na Paulista não deverá ser retomado, pelo menos até
março. De acordo com Caio Luiz
de Carvalho, presidente da
Anhembi Turismo e Eventos, responsável pelo evento, levantamentos mostram que metade das
pessoas entrevistadas é favorável
à continuidade do programa.
O projeto, criado na gestão de
Marta Suplicy (PT) em parceria
com a entidade Paulista Viva,
promovia atividades de lazer, música, teatro, circo, oficinas e esportes na avenida Paulista e teve 22
edições no ano passado. O maior
público registrado foi de 40 mil
pessoas no dia 23 de agosto, quando o tema foram os 50 anos do
parque Ibirapuera.
"Acho fundamental São Paulo
promover a integração do cidadão com os espaços da cidade,
mas ainda não estou convencido
de que o Domingo na Paulista deva continuar", disse Carvalho.
Apesar de, segundo Carvalho, a
orientação do prefeito José Serra
(PSDB) ser para que projetos como o Domingo na Paulista sejam
ampliados, ele acredita que essas
ações não precisam ocorrer necessariamente na avenida.
"Queremos fazer muitas ruas de
lazer na cidade. Há parques mal
aproveitados", argumenta. "Vou
continuar fazendo pesquisas e estudando as melhores opções. Em
março, teremos essa definição."
Para Celso Marcondes, ex-presidente do Anhembi, no entanto,
o projeto deveria continuar. "É
uma conquista de espaço público
para a população, de mistura de
classes sociais", disse. Segundo
ele, foram feitos levantamentos
em 2004 que indicaram 85% de
aprovação ao evento, sendo que
65% eram moradores da região.
O presidente da Associação
Paulista Viva, Nelson Baeta Neves, afirma que a maioria dos moradores é a favor da continuidade
do projeto. "Sempre terá um ou
outro reclamando de barulho ou
do desvio dos ônibus, mas nada
que algumas adaptações não resolvam", disse. "O que não se pode é deixar um pequeno grupo ter
uma atitude elitista de preservar a
Paulista da população."
O uso da avenida para grandes
eventos também pode diminuir.
Segundo Caio Carvalho, o local
não é o mais indicado por abrigar
muitos prédios residenciais. Ele
diz que as comemorações do aniversário de São Paulo, no dia 25,
serão lá pois já estão marcadas.
Mas a festa de Réveillon pode ter
novo endereço. "Acho que poderia ser feito no Anhangabaú."
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