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CARNAVAL
RIO
Beija-Flor contesta segundo lugar, mas leva faixa para homenagear campeã
Mangueira desfila sob palmas e chuva
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Debaixo de muita chuva e com o
sambódromo lotado, a Mangueira, primeiro lugar no Carnaval do
Rio, voltou a desfilar na madrugada de domingo sob aplausos. Já a
Imperatriz Leopoldinense, terceira colocada depois de três campeonatos seguidos, foi vaiada durante toda a sua apresentação.
Última a desfilar, a Mangueira
colocou boa parte da platéia de pé
com seu enredo vitorioso: "Brazil
com "z" é cabra da peste, Brasil
com "s" é nação do Nordeste".
A festa verde-rosa só não foi
completa porque a veterana da escola dona Zica, 89, não pôde desfilar. Havia a expectativa de ela
entrar na avenida, mas a chuva
apertou e, por ordem médica, Dona Zica não desfilou. Na apresentação oficial, ela estava com pneumonia e não pôde ir à Sapucaí.
Segunda colocada por uma diferença de apenas 0,1 ponto em relação à Mangueira, a Beija-Flor
chegou a contestar a vitória da rival e reclamar dos jurados durante a semana. Mas se rendeu: levou
à avenida uma faixa parabenizando a campeã pelo título, por seus
componentes e pela bateria.
"Estamos contestando o resultado, apesar da homenagem",
disse o presidente da Beija-Flor e
prefeito de Nilópolis (região metropolitana do Rio), Farid Abraão
David, em referência à nota 9,5
dada à escola no quesito alegorias.
Técnica
Sob vaias no início -o que tem
se repetido há quatro anos-, a
Imperatriz repetiu um desfile técnico. A escola também trazia uma
faixa parabenizando a verde-rosa,
mas sem contestar sua vitória.
"A Mangueira mereceu, fez um
grande Carnaval. Todas as escolas
têm um excelente nível técnico, e
estou superfeliz com o terceiro lugar", disse a madrinha da bateria
da Imperatriz, Luíza Brunet.
Festejada no domingo pelo público, durante o desfile oficial, a
Mocidade Independente de Padre
Miguel não repetiu a performance, apesar do luxuoso e criativo
Carnaval, que tratava do Circo.
Com o confuso enredo "Viradouro, Vira-mundo, rei do mundo", a Viradouro começou na bateria nota 10 e terminou na madrinha Luma de Oliveira, cujo carisma sempre empolga a platéia.
Sexta colocada, com um enredo
em homenagem ao comandante
Rolim (dono da TAM morto em
2001), o samba fácil do Salgueiro
animou a platéia. Faltou, porém,
luxo e coordenação no desfile.
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