São Paulo, segunda-feira, 18 de fevereiro de 2002

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CARNAVAL

RIO

Beija-Flor contesta segundo lugar, mas leva faixa para homenagear campeã

Mangueira desfila sob palmas e chuva

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

Debaixo de muita chuva e com o sambódromo lotado, a Mangueira, primeiro lugar no Carnaval do Rio, voltou a desfilar na madrugada de domingo sob aplausos. Já a Imperatriz Leopoldinense, terceira colocada depois de três campeonatos seguidos, foi vaiada durante toda a sua apresentação.
Última a desfilar, a Mangueira colocou boa parte da platéia de pé com seu enredo vitorioso: "Brazil com "z" é cabra da peste, Brasil com "s" é nação do Nordeste".
A festa verde-rosa só não foi completa porque a veterana da escola dona Zica, 89, não pôde desfilar. Havia a expectativa de ela entrar na avenida, mas a chuva apertou e, por ordem médica, Dona Zica não desfilou. Na apresentação oficial, ela estava com pneumonia e não pôde ir à Sapucaí.
Segunda colocada por uma diferença de apenas 0,1 ponto em relação à Mangueira, a Beija-Flor chegou a contestar a vitória da rival e reclamar dos jurados durante a semana. Mas se rendeu: levou à avenida uma faixa parabenizando a campeã pelo título, por seus componentes e pela bateria.
"Estamos contestando o resultado, apesar da homenagem", disse o presidente da Beija-Flor e prefeito de Nilópolis (região metropolitana do Rio), Farid Abraão David, em referência à nota 9,5 dada à escola no quesito alegorias.

Técnica
Sob vaias no início -o que tem se repetido há quatro anos-, a Imperatriz repetiu um desfile técnico. A escola também trazia uma faixa parabenizando a verde-rosa, mas sem contestar sua vitória.
"A Mangueira mereceu, fez um grande Carnaval. Todas as escolas têm um excelente nível técnico, e estou superfeliz com o terceiro lugar", disse a madrinha da bateria da Imperatriz, Luíza Brunet.
Festejada no domingo pelo público, durante o desfile oficial, a Mocidade Independente de Padre Miguel não repetiu a performance, apesar do luxuoso e criativo Carnaval, que tratava do Circo.
Com o confuso enredo "Viradouro, Vira-mundo, rei do mundo", a Viradouro começou na bateria nota 10 e terminou na madrinha Luma de Oliveira, cujo carisma sempre empolga a platéia.
Sexta colocada, com um enredo em homenagem ao comandante Rolim (dono da TAM morto em 2001), o samba fácil do Salgueiro animou a platéia. Faltou, porém, luxo e coordenação no desfile.



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