São Paulo, sexta-feira, 18 de fevereiro de 2005

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JUVENTUDE ENCARCERADA

Entidade diz demissões de servidores foram irresponsáveis e que o governo pretende privatizar a Febem

Sindicato contestará demissões na Justiça

DA REPORTAGEM LOCAL

O sindicato dos funcionários da Febem irá recorrer à Justiça para tentar reverter as demissões dos 1.751 funcionários da instituição. Além disso, uma série de manifestações e uma greve da categoria, prevista para a próxima segunda-feira. As medidas foram definidas na tarde de ontem.
O diretor do sindicato, Antonio Gilberto da Silva, que também consta da lista de demitidos, criticou o secretário da Justiça de São Paulo e presidente da Febem (Fundação Estadual do Bem Estar do Menor), Alexandre de Morais, classificando-o, entre outras coisas, de "irresponsável".
Ele afirmou ainda que as medidas anunciadas pelo Estado significam uma tentativa de "privatização" da Febem.
O diretor também informou que os novos funcionários "estão correndo risco de vida". "Eles não têm experiência nenhuma. Nas últimas rebeliões, ou esses funcionários correram ou foram as primeiras vítimas", afirmou.
"A demissão de funcionários antigos é arbitrária. Somos funcionários públicos, concursados. Teríamos direito à estabilidade no emprego. Além disso, houve demissões de dirigentes sindicais, que têm imunidade." De acordo com o sindicato, sete diretores da entidade foram atingidos pela medida.

Revolta
Ontem, durante todo o dia, a sede do sindicato esteve lotada de funcionários que haviam recebido a notícia de demissão somente ao chegar para trabalhar. A maioria dos servidores se dizia "revoltada" com a situação.
Sobre o fato de a greve ter sido definida por funcionários que não fazem mais parte da Febem, o sindicato afirmou que não haverá problema, pois eles contam com o apoio das unidades do interior do Estado, onde não aconteceram demissões.


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