São Paulo, quarta-feira, 18 de abril de 2001

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Parentes negam desentendimento

DA REPORTAGEM LOCAL

A advogada Patrícia Aggio Longo engravidou dois meses após se casar com o promotor Igor Ferreira da Silva. Segundo parentes dela ouvidos pela Justiça, o casal ainda estava em "lua-de-mel" e não tinha problemas conjugais quando o crime aconteceu.
A mãe de Patrícia, Maria Cecília Aggio Longo, chegou a levantar dúvidas sobre as provas que a polícia estava reunindo contra Igor, como no caso das cápsulas de pistola encontradas na casa dele e no veículo onde Patrícia morreu. Para ela, isso teria sido "plantado".
"Ambos sempre diziam que ainda estavam em lua-de-mel", afirmou ela em depoimento.
De acordo com irmãos da vítima, o casal estava feliz com os preparativos para o nascimento da criança e não havia indícios, entre eles, de problemas conjugais ou brigas.
O verdadeiro autor do crime, de acordo com a versão do promotor, nunca chegou a ser encontrado pela polícia. Ele seria "um misto de Maguila com o Romário", como Igor chegou a descrevê-lo.

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No julgamento de hoje, nenhuma testemunha será ouvida, diferentemente do que aconteceria em um júri, porque elas já falaram ao TJ, em outra fase. Nem mesmo o acusado irá falar.
O julgamento irá começar com a leitura do relatório já preparado por um dos 25 desembargadores do Órgão Especial do Tribunal de Justiça, a partir da análise de provas e de depoimentos.
Cada um dos desembargadores do Órgão Especial recebeu, durante a semana, cópias das principais partes do processo, totalizando cerca de 600 páginas.
Depois disso, falam a procuradora de Justiça, sobre a acusação, e o advogado de defesa, por no máximo uma hora e meia cada um, segundo o regimento interno do TJ, antes de os desembargadores decidirem o voto. A sentença pode sair antes das 22h. (AS)


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