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SAÚDE
No Ceará, paciente não corre mais perigo de vida; doente do Rio Grande do Norte morreu
RN e CE registram dengue hemorrágica
da Agência Folha, em Fortaleza
O Ceará confirmou ontem o primeiro caso de dengue hemorrágica. No Rio Grande do Norte, foi
confirmada a primeira morte por
dengue hemorrágica do ano.
No Ceará, a paciente é uma mulher de 51 anos, moradora do bairro de Messejana, em Fortaleza.
Sua identidade não foi revelada.
No Rio Grande do Norte, a Secretaria de Estado da Saúde não
informou o nome da vítima da
doença, dizendo apenas ser um
homem "idoso" que morava no
bairro Alecrim, região central de
Natal.
Outros dois casos estão sob suspeita e estão aguardando a confirmação de laboratório.
O Estado registrou este ano 831
casos confirmados e 5.108 suspeitas de dengue. Só na capital, foram
registradas 2.647 suspeitas.
O município de São Gonçalo dos
Amarantes é o segundo em suspeitas de dengue, com 383 casos.
Pelo menos outras quatro cidades com casos da doença registrados no Estado.
No ano passado, foram confirmados em exame de laboratório
9.200 casos de dengue das 27 mil
suspeitas em todo o Estado, sendo
21 deles de dengue hemorrágica.
Segundo a subcoordenadora de
epidemiologia do Estado, Antonia
Teixeira, o combate à dengue está
sendo feito por campanhas de
educação e conscientização e por
combate aos focos de mosquitos.
Ceará
A paciente com dengue no Ceará
chegou a ser internada em um
hospital por três dias, mas não
corre mais perigo de vida. Desde o
início do ano, já foram registrados
921 casos de dengue do tipo clássico no Ceará.
O mapa da doença revela que ela
está disseminada em 22 dos 184
municípios cearenses. Fortaleza é
a cidade mais atingida, com 518
casos distribuídos por 77 bairros.
Dos 131 bairros da cidade, 94% estão infestados com o mosquito
transmissor da doença.
O secretário de Saúde do Ceará,
Anastácio Queiroz, disse que situação da doença no Estado não é
grave, mas exige atenção principalmente em Fortaleza.
"A cidade registrou 42 mil casos
de dengue em 1994 e isso faz com
que aumente o risco de dengue hemorrágica", disse.
Queiroz disse que a doença estaria mais controlada se não tivesse
ocorrido um corte no programa
de combate à dengue, em dezembro passado, quando o Ministério
da Saúde deixou de repassar os recursos destinados ao programa,
segundo ele.
Desde ontem, uma campanha
publicitária de prevenção à doença passou a ser veiculada nos
meios de comunicação do Estado.
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