São Paulo, sábado, 18 de abril de 1998

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SAÚDE
No Ceará, paciente não corre mais perigo de vida; doente do Rio Grande do Norte morreu
RN e CE registram dengue hemorrágica

da Agência Folha, em Fortaleza

O Ceará confirmou ontem o primeiro caso de dengue hemorrágica. No Rio Grande do Norte, foi confirmada a primeira morte por dengue hemorrágica do ano.
No Ceará, a paciente é uma mulher de 51 anos, moradora do bairro de Messejana, em Fortaleza. Sua identidade não foi revelada.
No Rio Grande do Norte, a Secretaria de Estado da Saúde não informou o nome da vítima da doença, dizendo apenas ser um homem "idoso" que morava no bairro Alecrim, região central de Natal.
Outros dois casos estão sob suspeita e estão aguardando a confirmação de laboratório.
O Estado registrou este ano 831 casos confirmados e 5.108 suspeitas de dengue. Só na capital, foram registradas 2.647 suspeitas.
O município de São Gonçalo dos Amarantes é o segundo em suspeitas de dengue, com 383 casos.
Pelo menos outras quatro cidades com casos da doença registrados no Estado.
No ano passado, foram confirmados em exame de laboratório 9.200 casos de dengue das 27 mil suspeitas em todo o Estado, sendo 21 deles de dengue hemorrágica.
Segundo a subcoordenadora de epidemiologia do Estado, Antonia Teixeira, o combate à dengue está sendo feito por campanhas de educação e conscientização e por combate aos focos de mosquitos.

Ceará

A paciente com dengue no Ceará chegou a ser internada em um hospital por três dias, mas não corre mais perigo de vida. Desde o início do ano, já foram registrados 921 casos de dengue do tipo clássico no Ceará.
O mapa da doença revela que ela está disseminada em 22 dos 184 municípios cearenses. Fortaleza é a cidade mais atingida, com 518 casos distribuídos por 77 bairros. Dos 131 bairros da cidade, 94% estão infestados com o mosquito transmissor da doença.
O secretário de Saúde do Ceará, Anastácio Queiroz, disse que situação da doença no Estado não é grave, mas exige atenção principalmente em Fortaleza.
"A cidade registrou 42 mil casos de dengue em 1994 e isso faz com que aumente o risco de dengue hemorrágica", disse.
Queiroz disse que a doença estaria mais controlada se não tivesse ocorrido um corte no programa de combate à dengue, em dezembro passado, quando o Ministério da Saúde deixou de repassar os recursos destinados ao programa, segundo ele.
Desde ontem, uma campanha publicitária de prevenção à doença passou a ser veiculada nos meios de comunicação do Estado.



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