São Paulo, sábado, 18 de abril de 1998

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Julgamento tem acusação de suborno

da Sucursal do Rio

A defesa dos dez acusados de participação na chacina de Vigário Geral, em 1993, apresentou ontem um depoimento que acusa Cristina Leonardo -assistente de acusação no processo- de suborno.
Pela manhã, foi lido o depoimento da empregada doméstica Ana Lúcia Borges, que diz ter sido subornada por Cristina para depor contra dois homens acusados do desaparecimento de uma menina de 9 anos no Rio em 1995.
Cristina, que é coordenadora do Centro Brasileiro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, disse que essa declaração foi feita sob pressão do advogado desses dois homens e que depois Ana Lúcia a teria negado.
"A defesa quer retirar a credibilidade da exumação das vítimas da chacina, que foi pedida por mim e acompanhada pela nossa equipe, a mesma que acusou esses dois homens", disse Cristina. Com a exumação dos corpos, feita em 1996, foram encontradas novas balas.
Uma perícia apontou a arma do policial Gilson Nicolau de Araújo -um dos dez que estão sendo julgados- como uma das que foram usadas na chacina.
O julgamento sofreu um atraso anteontem, quando o advogado de defesa Nélio Andrade passou mal no início da noite, devido ao cansaço. A sessão teve de ser interrompida antes do previsto.



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