|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SEGURANÇA
Salário foi um dos motivos
Ex-ouvidor da polícia não aceita voltar a cargo
FERNANDA MENA
DA REPORTAGEM LOCAL
O sociólogo Benedito Domingos Mariano declinou ontem da
indicação do governador Geraldo
Alckmin (PSDB) para que ele assumisse o cargo de ouvidor da polícia de São Paulo.
O cargo está vago desde 14 de
março, quando Itajiba Farias Ferreira Cravo foi exonerado. Mariano era o terceiro nome da lista tríplice feita pelo Condepe (Conselho Estadual da Defesa dos Direitos da Pessoa Humana) e demorou dez dias para dar a resposta.
Alckmin disse que não decidiria
nada sobre o tema ontem.
Mariano foi o primeiro ouvidor
da polícia e exerceu a função de
1995 a 2000. Ele também foi secretário de Marta Suplicy (PT) e hoje
é secretário de Gestão Estratégica
de Osasco -função que apontou
como principal causa para a recusa. Outro motivo teria sido o salário, de cerca de R$ 3.500. "O ouvidor precisa de uma equipe, e há
dez anos esses cargos estão com o
mesmo salário", disse Mariano.
Em entrevista à Folha antes do
anúncio oficial da negativa, ele
também afirmou que diverge do
secretário da Segurança Pública,
Saulo de Castro Abreu Filho. "Ele
tem uma política mais voltada para a repressão do que para a prevenção. E a filosofia da ação policial é a da prevenção. Vivemos
uma lógica de repressão sob a
coordenação do atual secretário, e
isso poderia se espelhar no trabalho da Ouvidoria."
Texto Anterior: Terror dos paulistas: Seqüestros tornam Campinas ponto crítico Próximo Texto: Violência: Homem esfaqueia dois passageiros no metrô Índice
|