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Substituta é conhecida por ser "linha-dura"
DA REPORTAGEM LOCAL
A nova secretária da Saúde,
Maria Cristina Cury, é médica
pediatra, tem ainda especialização em saúde pública, e dirige a Faculdade de Medicina da
Unisa (Universidade de Santo
Amaro), de onde irá se afastar.
A Unisa mantém convênio
com a prefeitura para o gerenciamento de equipes do programa Saúde da Família na zona sul. Ela é também superintendente dos hospitais estaduais, o do Grajaú (zona sul) e
o de Francisco Morato (Grande
SP), ambos gerenciados por organizações sociais, modelo que
José Serra quer implantar.
Para Celina Maria de Oliveira, da executiva do Conselho
Municipal de Saúde, Cury veio
para consolidar o modelo, que
desagrada integrantes do órgão
por não exigir licitações nem
concursos públicos.
Conhecida por ser "linha-dura" e por andar sempre com seguranças, Cury participou da
campanha de Serra e declarou
ontem o voto para vereador em
Gilberto Natalini (PSDB), hoje
secretário de Participação e
Parceria, de quem é próxima.
Segundo José Amaral do Carmo, filiado ao PT e integrante
do movimento de saúde na zona sul, Cury é conhecida por ter
feito um bom trabalho no Grajaú, mas como outras unidades, o hospital tem problemas
na fila de espera.
"Não tenho prioridades",
disse a nova secretária. Ela afirma que ainda irá fazer um diagnóstico da pasta. O primeiro
problema que o prefeito Serra
pediu que fosse estudado é o
dos medicamentos.
A prefeitura ainda não conseguiu deslanchar o programa de
medicamentos entregues via
Correio, promessa de Serra na
campanha. E remédios continuam faltando nas unidades.
Também o programa para gestantes, prioridade de Serra, patina, com falta de passes de ônibus para a locomoção das grávidas aos serviços de saúde.
O ex-secretário da Saúde,
Claudio Lottenberg, disse que
continuará a colaborar. "Eu
não desisti, na verdade abri
mão das funções como secretário, mas me propus a continuar
uma série de projetos", afirmou logo após encontro com
Cury e Serra.
"Não houve pressão nenhuma", afirmou ao ser questionado se Serra queria programas
que rendessem mais marketing
para sua administração.
Lottenberg, ex-presidente do
principal hospital privado de
São Paulo, o Albert Einstein
-para onde irá voltar- enfrentou resistências do setor de
saúde pública desde o início de
sua gestão.
(FABIANE LEITE)
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